Começa a queda-de-braço: negociações com a Fenaban e o BB

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No desenrolar das negociações, é necessário que a mobilização dos bancários se intensifique nos locais de trabalho, em defesa das reivindicações gerais da categoria e por questões específicas. A orientação da Conferência Nacional dos Bancários, realizada no final de julho, é para que a greve seja preparada nacionalmente, em todos os bancos, para que possa ser deflagrada em momento oportuno, com a agilidade e o vigor necessários.

No Banco do Brasil, a necessidade de ampliar e fortalecer a luta, com organização e mobilização a partir dos locais de trabalho, está colocada de forma muito clara, dado o histórico de conflitos do último período, por conta dos ataques da direção do banco aos funcionários. E o início das negociações específicas demonstra que as perspectivas não são nada animadoras, porque a má-vontade, o jogo de cena e a intransigência da cúpula do banco dão sinais claros de que continuam como dantes.

Gestão de pessoas com provocação

A diretoria do Sindicato repudia o conteúdo e a forma do discurso que o vice-presidente de Gestão de Pessoas, senhor Luiz Oswaldo, vem fazendo ao reunir gerentes em todo o país. Principalmente pelo conteúdo ofensivo, chegando a falar sobre os limites que a empresa quer impor ao funcionalismo nas negociações.

Em Brasília, a inconseqüente reunião ocorreu no dia 1º de setembro. Repetindo o que falou em outras reuniões, o vice-presidente disse que o PCS e a lateralidade não serão modificados, jogando no lixo a pauta de questões específicas que o funcionalismo entregou ao BB em 13 de agosto.

Os argumentos usados pelo executivo do banco não tem fundamentos legais nem morais. A criação da lateralidade e o fim do pagamento das substituições no ano passado foi uma fraude aos direitos dos trabalhadores. Veio em cima de outra fraude, relativa à jornada de trabalho, em especial no caso da ativação de milhares de comissões de assistentes de negócios que deveriam trabalhar seis horas, mas trabalham oito horas.

O funcionalismo não reconhece esses limites e lutará até o fim por seus direitos. O movimento sindical apostará nas negociações até o dia 23 de setembro e não será irresponsável em acabar imediatamente com as discussões como quer o vice-presidente. Se as negociações não transcorrerem com a seriedade e o respeito devidos, a resposta será à altura.