Com greve forte, negociação dos petroleiros prossegue

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A FUP e os seus sindicatos darão continuidade nesta terça-feira (10) à negociação com a Petrobrás da Pauta pelo Brasil. A reunião, agendada para às 11h, foi convocada pela empresa através de ofício enviado à Federação Única dos Petroleiros, às 23h30 desta segunda (09).

A FUP volta a reiterar a importância de a categoria continuar mobilizada. A greve é forte e vem ganhando novas adesões a cada dia. A hora, portanto, é de intensificar a luta, diz a direção da entidade.

A FUP e os seus sindicatos realizaram nesta segunda-feira (09) a primeira rodada de negociação com a Petrobras sobre a Pauta pelo Brasil. Foi preciso que a categoria iniciasse uma greve histórica, para que a empresa reconhecesse as reivindicações dos trabalhadores, cuja luta  não é por salários, mas em defesa da soberania nacional e para que a Petrobras volte a ser a indutora do desenvolvimento do país, garantindo empregos, condições seguras de trabalho e os avanços sociais que o povo brasileiro conquistou.

Na reunião com a empresa, os petroleiros reiteraram que o momento difícil que a companhia atravessa precisa ser enfrentado com iniciativas novas e não com receitas velhas, pois medidas de redução de investimentos e de ajuste fiscal nunca deram certo em lugar nenhum do mundo. “Quem sempre acaba pagando a conta é o trabalhador e isso nós não vamos permitir”, afirmou o coordenador da FUP, José Maria Rangel.

A Petrobras ignorou por quatro meses a Pauta pelo Brasil, empurrando os petroleiros para uma greve, cuja responsabilidade é inteiramente da empresa. O momento atual, portanto, é decisivo na luta da categoria, pois é a correlação de força dos trabalhadores que determinará os próximos passos da negociação.

Balanço da paralisação

Na área de Exploração e Produção de petróleo, a greve já atinge 49 unidades marítimas da Bacia de Campos, 06 plataformas no Ceará, 03 plataformas no Espírito Santo, além dos campos de produção terrestre na Bahia, no Rio Grande do Norte e no Espírito Santo.

Nas bases da FUP, 11 refinarias estão sem troca de turno: Reman (AM),Clara Camarão (RN), Lubnor (CE), Abreu e Lima (PE), Rlam (BA), Reduc (Duque de Caxias), Regap (MG), Replan (SP), Recap (SP), Repar (PR) e Refap (RS). Os trabalhadores da Clara Camarão, no Polo de Guamaré, no Rio Grande do Norte, pararam a refinaria e entregaram as unidades.

Também estão parados os trabalhadores da SIX, Superintendência de Industrialização de Xisto (PR), e das Fábricas de Fertilizantes Nitrogenados (Fafen) do Paraná e da Bahia.

Na Transpetro, a greve se estende por todos os terminais do Paraná, de Santa Catarina, do Rio Grande do Sul, da Bahia, do Espírito Santo, do Amazonas, do Ceará, de Pernambuco, de Campos Elíseos e de Cabiúnas (no estado do Rio de Janeiro), além de Guararema, Barueri, Guarulhos e São Caetano do Sul (estes no estado de São Paulo).

Também estão na greve os trabalhadores das unidades de tratamento e processamento de gás natural (UPGNs e UTGCs) do Espírito Santo, do Rio Grande do Norte e do Ceará.

Nas termelétricas, a greve atinge as unidades de Duque de Caxias, do Ceará, de Minas Gerais, do Mato Grosso do Sul, do Rio Grande do Sul, da Bahia e do Rio Grande do Norte.

Nas usinas de biodíesel, os trabalhadores também aderiram à greve em Minas Gerais, na Bahia e no Ceará.

Fonte: FUP