CEBB inicia negociações da Campanha Nacional 2024 com o BB; Sindicato protesta

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A Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) se reuniu com a direção do Banco do Brasil (BB), na tarde desta quarta-feira (03), para iniciar as negociações da Campanha Nacional 2024, visando a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) específico. O encontro foi antecedido por um ato de lançamento da campanha, promovido pelo Sindicato, em frente ao edifício BB da 201 Norte, para convocação da categoria à mobilização e à participação neste processo.

> Confira como foi a negociação específica com o BB

“Todos nós, funcionários do banco, temos uma pauta de conquistas que tem de ser garantida por parte da direção do banco. E precisamos avançar na mesa de negociação e deixar o recado de que o funcionalismo do BB precisa ser valorizado”, ressaltou o integrante do Comando Nacional dos Bancários e presidente da Fetec-CUT/CN, Rodrigo Britto.

O dirigente sindical afirmou que as propostas construídas ao longo deste ano, desde a primeira semana de janeiro, quando foram iniciadas as reuniões nos locais de trabalho, até concluir com o Congresso Nacional dos Funcionários do BB em junho, têm de ser valorizadas, respeitadas e garantidas em mesa de negociação. “Caso isso não ocorra, temos certeza de que, pela nossa tradição de lutas e conquistas, o corpo funcional do BB não irá se furtar a ir às ruas e às redes defender aquilo que lhe é de direito. E, principalmente, combater todo o retrocesso que foi implementado no BB nas últimas gestões, e que cabe à atual gestão a obrigação de varrer para fora todas as medidas que venham a prejudicar o nosso banco enquanto empresa pública e os seus funcionários”, enfatizou.

E emendou: “Também estaremos na negociação cobrando do BB uma outra postura. Queremos um banco que valorize o seu corpo funcional e que nos faça ter orgulho ao desenvolver o seu papel na sociedade”.

Secretário de Relações do Trabalho da Contraf-CUT, Jeferson Meira (Jefão) lembrou que na missão do Banco do Brasil está escrito de forma clara que é um banco que se preocupa não só com o lucro, mas com a sociedade e com o desenvolvimento socioeconômico do país. “A partir dessas premissas, precisamos que a direção do BB entenda de uma vez por todas que não podemos ficar reféns de algumas atitudes ilegais e contraditórias dentro do banco. Todas elas estão postas na nossa minuta, nas nossas pautas de reivindicações”, informou.

Melhores condições de trabalho e proteção à saúde

Representante da Fetec Centro Norte na CEE/BB, Rafael Saldanha, pontuou que as reinvindicações dos funcionários do BB vão desde melhorias das condições de trabalho, mais proteção à saúde do trabalhador, mais segurança no ambiente de trabalho, mais emprego, melhor remuneração e valorização do trabalho bancário. Ele citou que o BB teve um lucro de quase R$ 36 bilhões no ano passado, um pouco mais do lucro do Itaú em 2023. “Finalmente, como era o fetiche de parte da direção, o BB alcançou o lucro do Itaú, mas às custas da saúde dos bancários, porque adotou um modelo de gestão que está adoecendo. O banco precisa reparar isso, adotando novas medidas de proteção à saúde do funcionário”, cobrou.

Já Antonio Neto, representante da Fetec/SP na CEBB, lamentou que o dia começou com uma notícia muito ruim para os trabalhadores, a cassação da liminar da Contraf que garantia gratificação dos caixas do BB, por decisão unânime do Tribunal Regional do Trabalho (TRT). Na gestão anterior, o governo queria extinguir a função. “Eles não têm compreensão do que é o trabalho no dia a dia dos caixas do BB. Mas não vamos aceitar que cortem o salário de nenhum funcionário. Isso é inadmissível BB!”, garantiu.

Mariluce Fernandes
do Seeb-Brasília