O Sindicato realizou mais um ato, nesta quinta-feira (4), desta vez em frente ao prédio da Filial 1 da Caixa, para reiterar que a Campanha Nacional 2024 está a todo vapor e reforçar que é fundamental a mobilização de todos os bancários. “Só conseguiremos garantir a manutenção dos nossos direitos e avançar em novas conquistas a partir da unidade e do engajamento de todos os trabalhadores”, enfatizaram os dirigentes sindicais, pontuando que a intransigência dos banqueiros já se manifestou na primeira rodada de negociação.
A segunda mesa de negociação também terminou sem avanços. A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) ficou de levar as demandas para os bancos analisarem. O próximo encontro será no dia 11, com o debate sobre igualdade de oportunidades.
“Viemos reforçar que é preciso estarmos atentos, informados e unidos para pressionar os banqueiros para que nossa campanha seja vitoriosa, com as conquistas que almejamos”, destacou o diretor do Sindicato Wandeir Severo, acrescentando: “Acompanhem todo o processo da campanha pelo nosso site”.
De acordo com Antonio Abdan, secretário de Finanças do Sindicato e integrante da CEE/Caixa, representando a Federação Centro Norte, o processo negocial é complexo, como num jogo em que os participantes depositam suas peças conforme vão jogando. “No momento estamos apresentando nossas propostas, na primeira rodada específica da Caixa tratamos de carreira, oportunidades de ascensão e defesa da remuneração dos bancários e bancárias. Nas próximas rodadas apresentaremos outros pontos de nossa minuta. Compete à categoria acompanhar as negociações, se inteirar do que está sendo proposto e responder positivamente às determinações do Comando Nacional dos Bancários que nos representa na mesa de negociação, a fim de demonstrar à direção da Caixa que estamos unidos na luta pela manutenção de nossos direitos e rumo a novas conquistas”, esclareceu o dirigente.
E alertou: “Só a unidade e mobilização nos garante. Nada do que temos veio de graça. Tudo foi conquistado com muita luta e compete a esta geração dar continuidade a este legado”.
Assédio sexual e moral
No dia 28 de junho, data que marca o segundo ano das graves denúncias de assédio moral e sexual contra o ex-presidente da Caixa Pedro Guimarães, o Sindicato, junto com a Fenae, entregou uma carta-compromisso à empresa, demandando medidas concretas para o combate a essa prática repugnante. “Graças à mobilização das empregadas do banco, conseguimos derrubar o assediador. Por isso, a importância da pressão de todos os trabalhadores para que nossas demandas sejam atendidas durante as negociação da Campanha Nacional”, alertou a secretária de Saúde do Sindicato, Vanessa Sobreira.
Já Wadson Boaventura, secretário de Saúde da Fetec-CUT/CN, destacou que o adoecimento da categoria bancária chegou a um patamar alarmante. Ele esclareceu: “Apesar de termos 450 mil bancários no sistema celetista, 1% apenas desse grupo, nós temos 23% de todos os afastamentos por problemas mentais e comportamentais. Isso em função de uma estratégia de negócios em que o banco visa apenas o lucro e não o bem-estar dos trabalhadores, que sequer têm pautas definidas para organizar o seu trabalho, com metas intransponíveis que muitas vezes leva o bancário até a Síndrome de Burnout. Precisamos mudar esse quadro. Vamos à luta”, convocou.
Mariluce Fernandes
Do Seeb Brasília
