Campanha Nacional: defesa dos empregos é tema de primeira reunião com Fenaban, nesta quarta (26)

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Mesa “Emprego”, agendada para próxima quarta-feira, abrirá oficialmente as negociações para renovação da CCT

O Comando Nacional dos Bancários se reunirá, nesta quarta-feira (26), com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) para debater a defesa dos empregos, na primeira mesa de negociações como parte das negociações da Campanha Nacional de 2024, para a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria.

“A categoria precisa estar mobilizada para fazermos um bom acordo coletivo”, reforça a coordenadora do Comando Nacional dos Bancários e presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira.

Segundo levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), mesmo com lucros bilionários, nos últimos cinco anos, os bancos fecharam 3,2 mil agências em todo o país (88% delas de estabelecimentos privados). No mesmo período, houve uma redução de 20,7 mil postos de trabalho bancário.

“Diante desse cenário que o Banco Central mantém a taxa Selic sem redução, prevalecendo mais ainda a lucratividade dos bancos em detrimento de dívidas contraídas pela categoria bancária, além de clientes e usuários que pagam altas taxas de juros e enriquecem a cada dia mais os banqueiros”, pontua o secretário geral do Sindicato, Raimundo Dantas, que acrescenta: “Esperamos uma contrapartida de reajuste da Fenaban que seja decente”.

Lucratividade dos bancos

Somente em 2023, os bancos registraram no Brasil um crescimento de 5%, em comparação ao ano imediatamente anterior, o que significou um lucro líquido de R$ 145 bilhões no período.

Durante a entrega da minuta de reivindicações da categoria à Fenaban, no último dia 18, oficializando o início da Campanha Nacional, Juvandia colocou esses dados diante da Fenaban, ressaltando na ocasião que “os lucros dos bancos são o resultado direto das trabalhadoras e dos trabalhadores” e que, por conta disso, “a expectativa dos trabalhadores é de um bom acordo”.

O tema também será debatido à luz dos avanços tecnológicos, especialmente o impacto da Inteligência Artificial. “Acreditamos que é possível que a revolução tecnológica pode ocorrer com a defesa dos empregos. Hoje, o que estamos assistindo, é a redução de postos com o aumento da sobrecarga, por isso, o setor vem registrando também altos índices de adoecimento entre a categoria, pela pressão por metas”, ressalta a dirigente.

Da Redação