Campanha Nacional: bancários voltam a retardar abertura de agências em protesto contra postura da Fenaban nas negociações

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Com o impasse nas negociações da Campanha Nacional 2024, a mobilização da categoria bancária continua nas ruas e nas redes sociais em todo o país num ritmo mais intenso. Em Brasília, ontem (29) e nesta sexta-feira (30), as manifestações de protesto foram marcadas pelo retardamento de abertura de agências dos bancos privados. O Sindicato percorreu as unidades do Bradesco, Itaú e Santander de Taguatinga e Ceilândia, Planaltina, Sobradinho e Paranoá.

Após dois meses de negociação, e quase ao final da vigência do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) e da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), neste dia 31, todas as propostas de reajustes apresentadadas pela Fenaban (federação dos bancos) foram rebaixadas e muito distantes das reivindicações da categoria bancária.

Os dirigentes sindicais lamentam a postura da Fenaban, que continua intransigente e agindo com desdém com os bancários e bancárias. E criticam as propostas apresentadas com reajustes separados por faixa salarial, “o que divide a categoria”.

“Repor a inflação é obrigação, e o aumento real decente para todos é questão de respeito aos trabalhadores”, destacam os diretores do Sindicato, lembrando que só em 2023 o setor bancário lucrou R$ 145 bilhões. “Portanto, não há motivos para não conceder ganho real. Na verdade, é pouco caso dos banqueiros com os seus funcionários, responsáveis por essas cifras astronômicas”.

Assembleia para avaliar proposta

Na próxima quarta-feira (4), haverá assembleias em todo o país para avaliar a proposta que deverá ser apresentada da 13ª mesa de negociação que ocorre nesta sexta-feira (30), e organizar a mobilização. Mais informações no site e nas redes sociais do Sindicato.

Mariluce Fernandes
Do Seeb Brasília