Cartilha “Será que foi assédio?” chega à categoria para orientar e acolher trabalhadoras e trabalhadores
Na luta permanente contra o assédio moral, sexual e discriminações no ambiente de trabalho, o Sindicato lança, a partir desta segunda-feira, 11, uma nova campanha de conscientização. A ação tem como eixo central a distribuição da cartilha “Será que foi assédio?”, material educativo e de acolhimento direcionado a bancárias, bancários, trabalhadoras, trabalhadores do ramo financeiro e à população em geral.
A iniciativa reforça o compromisso da entidade com a promoção de ambientes laborais mais seguros, respeitosos e livres de violência. A cartilha é parte de um conjunto de ações articuladas desde o final de 2024, quando foi lançado o Canal de Denúncias de Assédio Moral, Sexual e Discriminações, que já recebeu dezenas de relatos.
“Enfrentar o assédio moral e sexual é uma das grandes diretrizes do nosso trabalho sindical. Não vamos tolerar nenhuma forma de violência contra a categoria”, afirma Maria José Furtado, secretária de Mulheres do Sindicato (veja entrevista com a secretária no verso).
Além da criação do canal, o Sindicato promoveu a formação de dirigentes e funcionários para garantir acolhimento humanizado às vítimas, seguindo protocolos definidos na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT 2024-2026). Em 2025, o trabalho avança com a realização de ciclos formativos e atividades de conscientização sobre o tema.
A cartilha apresenta exemplos de condutas abusivas e discriminatórias, como humilhações disfarçadas de cobrança, toques sem consentimento, comentários vexatórios sobre corpo ou roupa, LGBTfobia, racismo, misoginia, capacitismo, entre outros. Ela também orienta sobre como reconhecer essas violências e o que fazer ao vivenciá-las ou testemunhá-las.
“Se você marcou X ao menos uma vez na coluna ‘fizeram comigo’, você sofreu assédio. Você não está sozinha/o. Estamos aqui para ajudar”, destaca o material, que orienta sobre como acionar o canal de denúncia.
> Leia a cartilha na íntegra aqui
Canal de denúncia: acolhimento e sigilo
O canal exclusivo disponibilizado pelo Sindicato permite o registro de denúncias de forma identificada ou anônima, com garantia de sigilo e acolhimento humanizado. Após o recebimento do relato, a equipe entra em contato com a vítima para analisar o melhor encaminhamento.
As medidas podem incluir: atuação direta junto ao empregador, ações educativas no local de trabalho, acompanhamento jurídico e até encaminhamento à Justiça, nos âmbitos trabalhista, cível ou criminal.
“Ambiente de trabalho digno é ambiente livre de violência. E nenhuma trabalhadora ou trabalhador deve enfrentar isso sozinho. Por isso, nossa campanha é um chamado à denúncia e à solidariedade”, afirma Zezé, que concedeu entrevista, disponível a seguir, falando sobre a campanha.
Da Redação