Caixa usa PM para impedir direito de greve. Secretário-geral do Sindicato é preso

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Amostra No segundo dia da greve nacional dos bancários da Caixa Econômica Federal, a direção do banco, a exemplo de anos anteriores, recorreu ao uso da força policial na Matriz I como “via de negociação” para tentar  

atacar os comitês de esclarecimento e intimidar os bancários, violando o direito de greve da categoria.

No segundo dia da greve nacional dos bancários da Caixa Econômica Federal, a direção do banco, a exemplo de anos anteriores, recorreu ao uso da força policial na Matriz I como “via de negociação” para tentar atacar os comitês de esclarecimento e intimidar os bancários, violando o direito de greve da categoria.

A ação truculenta da Polícia Militar, que contou com o reforço da Rotam (Rondas Ostensivas Tático Móvel), ocorreu logo pela manhã e resultou na prisão do secretário-geral do Sindicato, Enilson da Silva. Acionados pela direção da Caixa, os policiais tentaram impedir o funcionamento de uma das comissões de esclarecimento montadas no prédio da Matriz quando começou a confusão.

“Como em qualquer movimento de paralisação, estávamos convencendo os demais colegas para aderirem à greve, mas a PM, a pedido da Caixa, interrompeu o trabalho de maneira abrupta”, denunciou o secretário-geral do Sindicato, que foi arrastado por policiais até um camburão. “Tentamos dialogar, mas a polícia se mantinha intransigente e tentou acabar com a comissão de esclarecimento à força. Uma demonstração estúpida de truculência”, acrescentou.

Preso, Enilson foi solto após reunião de conciliação na delegacia. “É lamentável que a Caixa ainda trate um movimento que encontra respaldo na Constituição Federal como caso de polícia. Os bancários estão no seu direito e não vamos nos intimidar. Iremos até onde for necessário na luta por nossas reivindicações”.

A atitude da Caixa tanto quanto da PM recebeu manifestação de repúdio durante a assembléia específica dos funcionários do banco na tarde de ontem.

Diretor quase atropelado

À tarde, outro diretor do Sindicato protagonizou mais um episódio lamentável. José Pacheco, funcionário do BB, dava apoio no comitê de esclarecimento da garagem da Matriz I quando foi surpreendido pelo carro de Mayrelane Ribeiro Magalhães, secretária do vice-presidente de Controle e Risco (Vicor) Marcos Vasconcelos, que acelerou deliberada e abruptamente ao se aproximar de onde estavam os bancários. O carro chegou a quebrar parte do material montado no local, que atingiu o diretor do Sindicato. Ninguém ficou ferido gravemente.

Chamada à delegacia para prestar esclarecimentos, a secretária foi liberada em seguida.

Veja abaixo as fotos que flagram o momento da ação truculenta da PM.

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