Caixa: regras para substituições e PSIs mudam. Discriminação permanece

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No último dia 12, a direção da Caixa divulgou a CI SURSE 099/10, que altera as regras para as substituições e os Processos Seletivos Internos (PSIs). Pelas novas regras, os empregados que optaram por permanecer no antigo Plano de Cargos e Carreira (PCC) passam a poder substituir funções gratificadas. No entanto, o comunicado restringe a possibilidade aos empregados que “atendam às condições de adequação ao PFG”, excluindo os trabalhadores que estão nos Reg/Replan não saldados.

A avaliação nos PSIs também foi alterada. A experiência prévia de quem permanece no PCC também será levada em conta nas seleções. Anteriormente, ao participar do PSI, o bancário que permanecesse no PCC não teria sua atuação anterior contabilizada. Vale lembrar que, segundo a CI 35/10, que anuncia o PFG, os bancários que estão no PCC com os REG/Replan não saldados não têm possibilidade de participar dos PSIs ou migrar para o PFG. 

Indenizações

Em fevereiro deste ano, a Caixa apresentou uma proposta de indenização aos bancários que sofreriam redução salarial ao reduzir sua jornada de trabalho de oito para seis horas, no âmbito do PFG. No cálculo proposto, a indenização teria o valor aproximado de 40% do salário no regime de oito horas. O movimento sindical rechaçou a proposta, considerada insuficiente. Ao apresentar o PFG, a mudança de oito para seis horas foi tornada opcional, mas não houve uma nova proposta de indenização para os bancários que decidissem fazer a transição.

“Não bastasse costumeiramente desrespeitar a jornada de 6 horas dos bancários, a Caixa nunca mais tocou no assunto da indenização. Continuaremos cobrando da empresa uma nova proposta de indenização, já que o anúncio dessa possibilidade, ainda em fevereiro, causou expectativa entre os trabalhadores. A estratégia da empresa é buscar um acordo aditivo, de forma que o movimento sindical endosse a introdução do PFG. Entretanto, como reconhecemos muitos problemas e debilidades no plano, não o faremos, seguindo a decisão da 12ª Conferência Nacional”, explica Alexandre Severo, diretor da Fetec-CN.

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