Caixa prepara presepada natalina aos empregados

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Diretoria do Sindicato se reúne com a assessoria jurídica da entidade e com delegados sindicais para discutir o problema

O Natal é apenas no dia 25, mas em algumas dependências da Caixa Econômica Federal o “Papai Noel” já chegou. E na forma de presente de grego. Menos de 30 dias depois de assinar aditivo ao Acordo Coletivo sobre a compensação dos dias parados durante a última greve da categoria, a direção da Caixa apela novamente à insensatez ao instaurar um clima de terror em algumas dependências da empresa por conta da orientação dada aos gestores em nova Circular Interna sobre o remanescente de horas não compensadas.
 
De forma irresponsável, alguns gestores, sob pressão do banco, chegaram ao descalabro de atribuir até 98 horas para serem compensadas num intervalo de tempo de, acreditem, cinco dias. Como o prazo para a compensação termina nesta segunda-feira 15, torna-se iminente a ameaça de desconto do saldo de horas que eventualmente remanescer sem compensação.

O problema foi discutido durante reunião realizada com a direção do Sindicato, a assessoria jurídica e representantes de base realizada na semana passada na sede do Sindicato, e que respaldou a decisão da entidade de recorrer à Justiça na defesa dos direitos dos bancários.

No entendimento do Sindicato, não há dúvidas de que a Caixa está lançando mão, mais uma vez, de uma política nefasta de perseguição a empregados que participaram da greve, e que perigosamente vem se tornando prática de gestão, num claro viés de retaliação que destoa da missão maior do banco – ser um agente de desenvolvimento econômico e social.

O Sindicato reafirma que o acordo assinado prevê a compensação dos dias parados com prazo final em 15 de dezembro. A categoria cumpriu a sua parte do acordo, compensando dentro do critério da razoabilidade e necessidade, e espera que a Caixa faça o mesmo, abonando o saldo remanescente. O acordo em nenhum item fala em desconto; ao contrário, diz que “os dias parados não serão descontados”. 
  
Os empregados da Caixa exigem da direção da empresa comportamento semelhante ao de todas as instituições financeiras desse país, que encerraram a campanha salarial com a assinatura do acordo, respeitando todas suas cláusulas, e não disseminaram o terrorismo entre suas equipes e estão no mercado disputando espaço e procurando sobreviver e superar a crise financeira, enquanto a direção da Caixa esquece a realidade de nossa economia e fica se debatendo com seus empregados.

Atualizada às 21h23