Caixa insiste em desrespeitar e desvalorizar empregados

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Não bastasse descumprir acordos que assina e mexer no bolso dos empregados, fazendo descontos indevidos de dias parados e tentando reduzir salários de trabalhadores, a direção da Caixa continua a tomar medidas unilaterais, desrespeitando e prejudicando os empregados e as entidades sindicais.

Desta vez, a empresa está mexendo na vida funcional de centenas de empregados, em especial nos que atuam nas Gifus (Gerências de Administração de Fundos e Seguros Sociais), ao começar a implementação de um processo de reestruturação de filiais. Nesta quinta (11) saiu a informação de que haveria mudanças em várias outras áreas, conforme CI 021. 

Sem qualquer comunicação ou consulta prévia, sem negociação de alternativas e prazos, nem estabelecimento de garantias de trabalho e de remuneração, a direção da Caixa impôs mudanças que levarão inúmeros companheiros e companheiras a perderem funções ou
mudarem repentinamente de local de trabalho, afetando sua vida e de toda a sua família.

Filiais onde trabalham exatamente 578 empregados serão extintas. Todas serão centralizadas em dois locais, uma em São Paulo e outra ainda em Estado a ser defi nido. “É um abuso, um ultraje, uma injustiça para quem tem contribuído com o crescimento da empresa. Nos empenhamos para que o banco desempenhe satisfatoriamente seu papel de administrador e impulsionador de programas sociais do governo federal e, em troca, somos desrespeitados, tratados com descaso”, dispara Enilson da Silva, diretor do Sindicato.

“É hora de darmos um basta a essa postura da direção da empresa, que age exatamente ao contrário da imagem que vende nas propagandas. A empresa sobrecarrega os funcionários de trabalho, provocando situações de estresse, adoecimento e de assédio e oferece um atendimento inadequado à população que mais necessita dos serviços bancários e de crédito. Chega de tanto desrespeito e desvalorização. Exigimos da Caixa negociação para resolução desses problemas, pois todos se referem às condições de trabalho”, conclama Rodrigo Britto, presidente do Sindicato.

A postura da Caixa vem causando insegurança e instabilidade também nos empregados que estão em outras filiais (não só das Gifus) em muitos Estados e que podem passar pela mesma situação em função do processo de reestruturação na empresa.