A Caixa anunciou nesta sexta (11) que só entregará a contraproposta para as reivindicações específicas dos funcionários na Campanha Salarial de 2009 somente no dia 22 de setembro. Ela explicou que a direção do banco aguarda o fim das negociações do Comando Nacional dos Bancários com a Fenaban, para apresentar um texto alinhado.
A informação foi dada durante a terceira rodada de negociações entre a direção do banco e a Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa).
Para o presidente do Sindicato, Rodrigo Britto, “a intenção de greve permanece, pois a Fenaban não mostra tendências de que irá ceder”. No dia 22, após a negociação, será marcada uma assembléia para apreciar uma possível proposta apresentada pelos bancos. Britto explicou ainda que, “caso a proposta não seja satisfatória, os bancários não recearão usar o poder da greve”.
Na reunião de sexta, foram discutidos alguns temas específicos da campanha salarial como Funcef, isonomia entre novos e antigos empregados e democratização da gestão. Mais uma vez, os negociadores da Caixa não apresentaram uma proposta definida para as reivindicações dos trabalhadores.
O coordenador da CEE/Caixa, Jair Pedro, entende que se a Caixa pretende fazer uma proposta alinhada à da Fenaban, “com certeza não deverá ser boa e certamente não deverá ser aceita pelos funcionários”.
Para o diretor Raimundo Félix, esta atitude de proteção da Caixa só comprova sua intenção de tentar enrolar a categoria. Assim como agiu nas conversações sobre o PCC, a empresa estabelece um calendário e não cumpre sua parte, adiando a apresentação da proposta. “A categoria saberá responder com firmeza a essa enrolação no momento certo”, disse.
