Caixa avança pouco no conjunto da pauta

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A Caixa Econômica repetiu hoje na mesa de negociação específica com a Contraf-CUT e a Comissão Executiva dos Empregados a mesma postura das rodadas anteriores e não avançou no conjunto da pauta da categoria. O banco apresentou apenas algumas propostas para corrigir o Plano de Cargos Comissionados (PCC), consideradas insuficientes pelos membros da CEE.

A Caixa Econômica repetiu hoje na mesa de negociação específica com a Contraf-CUT e a Comissão Executiva dos Empregados a mesma postura das rodadas anteriores e não avançou no conjunto da pauta da categoria. O banco apresentou apenas algumas propostas para corrigir o Plano de Cargos Comissionados (PCC), consideradas insuficientes pelos membros da CEE.

Algumas das propostas já apresentadas foram alteradas – como às referentes à criação de caixas Retpv, aos avaliadores de penhor e à extinção do cargo de gerente júnior. Em outros três itens, embora de modo ínfimo, o banco avançou. Não ficou marcada nova reunião.

"As propostas são boas, mas ainda insuficientes diante da nossa demanda. Precisamos avançar muito mais nas negociações com a Caixa, pois temos reivindicações importantes como a melhora da nossa PLR, a isonomia entre os novos e antigos técnicos bancários, a extensão do auxílio-alimentação para os aposentados e as promoções por merecimento”, destacou Jair Pedro Ferreira, diretor do Sindicato e membro da Comissão Executiva dos Empregados.

Confira a seguir o resultado das negociações desta terça-feira:

Caixa de Retpv
 
A Caixa aumentaria o valor de comissão que pagaria aos caixas de Retpv, anteriormente anunciado em R$ 226 (o mesmo que a Fenaban paga ao caixa executivo), para R$ 229, e manteria o piso para os TA1 em R$ 1.450. 
 
Avaliadores de penhor
 
A mesa temática para discutir questões relativas aos avaliadores de penhor seria mantida, com a proposta adicional de reestruturação da composição desses cargos por meio da criação do nível sênior – hoje, eles estão divididos em júnior e pleno. Pela proposta, o avaliador sênior seria enquadrado no TA7, sendo que o pagamento do valor de piso de mercado seria de R$ 4.066, além da gratificação de R$ 1.508 para jornada de 8 horas. Para a jornada de 6 horas, o salário seria de R$ 3.049 e gratificação, R$ 1.130.   
 
O banco também se comprometeu com a criação imediata de 180 vagas para o nível sênior para janeiro de 2007, sendo 126 delas para jornada de 8 horas e 54 para a de 6 horas. Até o final de 2007, o banco ampliaria para 300 vagas.

“Cobramos da Caixa que faça o desmembramento de função. Ou seja, que o avaliador seja só avaliador e não caixa. O banco precisa ver isso com urgência”, disse Jair Pedro.

Técnicos de assessoramento

A Caixa também propôs a criação de cinco faixas salariais horizontais para os cargos de técnicos de assessoramento da Matriz e das filiais, com interstícios entre cada faixa de 2%, o que daria uma diferença total de 10,41% na gratificação entre a primeira e a sexta faixas.

A promoção seria feita em janeiro de cada ano, sendo que a primeira ocorreria já em 2007, com a promoção de 30% dos empregados em função técnica, que hoje somam mais de 16.500.
 
Bolsa Educação

O banco propôs ainda disponibilizar mais 1.000 vagas para graduação em nível superior neste semestre, retroativo a julho, com o pagamento de até R$ 350 do valor da mensalidade. Ainda de acordo com a proposta, as vagas remanescentes seriam ofertadas no próximo ano.

Com isso, seria ampliado o número de vagas para 3.000 este ano, sendo que em 2007 mais 1.000 seriam ofertadas, totalizando 4.000.

Foto: Augusto Coelho/Fenae