Caixa apresenta proposta rebaixada e ameaça ir ao TST

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Na negociação desta quinta-feira, a Caixa apresentou uma proposta que não contempla as principais reivindicações dos empregados e representa um retrocesso em relação aos acordos anteriores. E ameaçou ajuizar dissídio no TST caso a proposta seja rejeitada pelos empregados.

Para a Contraf/CUT e para a Comissão Executiva dos Empregados (CEE), a proposta é um retrocesso em relação aos anos anteriores, porque limita-se ao cumprimento dos itens econômicos da Fenaban e não avança nos itens específicos. E consideram a ameaça de recorrer ao TST uma chantagem que deve ser rechaçada pelos empregados.

Em relação ao que foi negociado na Fenaban, a diferenciação é insignificante. Foi proposto apenas o aumento do valor da antecipação da primeira parcela da PLR (56% mais R$ 614,00, mais o valor da parcela adicional de R$ 600,00). A diferença da segunda parcela da regra básica da Fenaban seria paga até março de 2008. 

Os principais pontos da proposta sobre as reivindicações específicas são:
 
* Compromisso com a estruturação de um projeto de unificação das tabelas de remuneração da carreira administrativa.
* Aumento do número de bolsas de incentivo à graduação de 4.000 para 4.100.
* Pagamento do auxílio-creche na data do nascimento do filho (hoje é pago a partir do terceiro mês).
* Pagamento do tíquete para os novos no mês em que são admitidos, mas desde que a contratação tenha ocorrido até o 15º dia.
* Instituição de uma bolsa para cursos de idiomas (inglês, espanhol e japonês) de até R$ 1.200,00 no ano.
* Conversão em espécie da licença-prêmio e da Apip.
* Reabertura do saldamento e adesão ao Novo Plano da Funcef.
* Compromisso de transferência dos aposentados do PMPP para a Funcef.

A Contraf/CUT a CEE reafirmaram as reivindicações de PCS/PCC, isonomia, jornada de 6 horas e a disposição de continuar a negociação, com uma nova rodada na segunda-feira. Mas a Caixa disse que a proposta está no limite e condicionou a retomada das negociações à aceitação da proposta. E ameaçou que se a proposta for rejeitada ajuizará dissídio no TST.