A realidade dos trabalhadores brasileiros que comprometem mais de 40% de seus rendimentos para o pagamento de dívidas também permeia a vida de bancários e bancárias do BRB. Hoje, mais de 10% do quadro de funcionários vivem sob esse contexto. Como alternativa, o Sindicato propõe análise e criação de programas específicos que ajudem os superendividados a sair desta situação.
Em ofício encaminhado na última quinta-feira (25) ao presidente do banco, Paulo Henrique Costa, a entidade sugere providências que o BRB deve adotar, tendo como base a Lei Federal 14.181 de 2021 que trata do superendividamento e o Código de Defesa do Consumidor. O primeiro passo, propõe o Sindicato, é a análise de margem de crédito com vistas à concessão responsável, garantindo que os rendimentos mensais não sejam drasticamente comprometidos.
Referenciados pelo programa ‘Na Medida’ – lançado pelo BRB no ano passado e que tem os servidores do GDF como público-alvo – o Sindicato aponta para a fomentação de um programa de conciliação para repactuar e/ou renegociar os débitos dos funcionários. Para a entidade, caso o programa que atende os servidores do governo distrital seja implementado entre os bancários do BRB, pode haver agravamento da situação de superendividamento.
A proposta do Sindicato é de um programa com limitação do plano de pagamento em até 60 meses; possibilidade de retirada de juros; pagamento diferenciado com abatimento para quitação integral; parcelas com valor inferior a 30% do salário; e 60 dias de carência para o primeiro pagamento. Há, ainda, a recomendação de orientação financeira especializada, aconselhamento de gestão de dívidas e planejamento; criação de linhas de crédito ou programas de refinanciamento; e parcerias com outras instituições financeiras ou entidades de assistência.
Da Redação
