BRB precisa de uma diretoria coesa e dedicada aos negócios

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Fim de ano, épocas de festas, pós-eleição, governo de transição. E mais uma vez o BRB está às voltas com alterações em sua diretoria. No último dia 11 de dezembro, a Câmara Legislativa do DF sabatinou e sancionou o nome de Paulo Henrique, funcionário de carreira da Caixa Econômica Federal, para a presidência do BRB.

Agora, o que os empregados do BRB se perguntam é: e as demais diretorias, como ficarão? Esta é uma pergunta que o Sindicato dos Bancários de Brasília também faz. Porém, antes de surgirem respostas com possíveis nomes, alguns aspectos devem ser observados, e o Sindicato cobra do governador eleito Ibaneis Rocha, que atente para eles. Primeiro, é de fundamental importância que o conjunto da diretoria tenha diretores empregados do BRB, que sejam bancários de carreira. Aliás, é importante salientar que o estatuto do banco, embora contenha elementos casuísticos colocados ali para proteger alguns, traz a determinação de que metade da diretoria seja composta por empregados do banco. Artigo com o qual o Sindicato concorda “ipsis literis”.

Outro aspecto a ser observado é que o BRB precisa de diretores(as) que tenham extenso conhecimento e prática na área de negócios. Mesmo que sejam profissionais da direção geral, das áreas meio, é fundamental que conheçam o mercado, que tenham grande experiência em agências e no relacionamento com clientes, que saibam conduzir uma interface proativa, criativa e produtiva com a clientela. Um banco é feito de áreas meio e áreas fim, e a área meio deve existir para dar suporte à área fim, que são as unidades de negócio, as agências, os pontos de atendimento. É necessário que haja uma sinergia entre estas duas, pois ambas são responsáveis pelos negócios do banco, mas estes negócios são concretizados ali nos pontos de atendimento, que devem ser estimulados e suportados com maestria diuturnamente pela direção geral e outras áreas de suporte.

O BRB tem excelentes quadros que se enquadram nesta perspectiva, e o conjunto dos funcionários, principalmente aqueles que estão nos PA’s, que quotidianamente estão dando seu suor e sangue para alcançar metas, quer ver no mais alto escalão do BRB, diretores empregados comprometidos com o crescimento dos negócios, com a base de clientes, enfim, com a expansão do banco. Os futuros diretores precisam ser os grandes incentivadores do crescimento do BRB, e isto se dá investindo maciçamente na conquista de clientes e expansão das carteiras do banco.

O BRB tem um potencial incrível, e os empregados sabem que a melhor maneira de justificá-lo público é fazendo-o crescer, de forma que ele possa contribuir de maneira inequívoca para o fortalecimento da economia do DF e entorno, para a geração de riqueza, de emprego e renda na região geoeconômica de Brasília. E, para um banco crescer, este banco tem de potencializar sua área negocial; e para fazer negócios é preciso uma gestão que seja indutora destes, que crie ambiente que propicie a alavancagem de que o BRB tanto precisa.

Infelizmente, a atual diretoria, embora formada por quadros bastante competentes, pecou sobremaneira no quesito criar um ambiente que propiciasse o crescimento do BRB. Os dados de “marketshare” da região do DF deixam claro que o BRB perdeu mercado, diminuiu seu espaço de atuação. É claro que os últimos anos foram de forte recessão, e que o ambiente de negócios esteve difícil para todos. Mas, quando se analisam os números do BRB, o que se verifica é que ele apresentou uma performance pior do que a maioria dos pares do sistema financeiro, perdendo espaços que estão hoje nas mãos da Caixa Econômica Federal, do BB, do Santander, do Itaú, do Bradesco e do Bancoob, instituições que cresceram, em parte em função da perda de mercado sofrida pelo BRB.

Enfim, nós, funcionários do BRB estamos aguardando ansiosos a indicação dos novos dirigentes do banco, e esperamos e torcemos para que, dentre os escolhidos haja um bom número de empregados de carreira, e que estes sejam devotados ao crescimento do BRB, o que se dará apenas com o incremento dos negócios do banco, com a conquista de clientes, com a expansão da base de atuação do BRB. O corpo diretivo do BRB precisa de profissionais com larga experiência naquilo para o que os bancos existem: atender a clientela, fazendo a intermediação financeira que é motor da geração de renda e riqueza dos países, papel que cabe aos bancos fazer. Governador Ibaneis e presidente Paulo Henrique, a responsabilidade na condução, crescimento e perenização do banco é de todos os empregados da instituição, mas a escolha daqueles que guiarão o BRB a este porto seguro é de vocês.

Da Redação