BRB nega 86% dos itens da pauta de reivindicações dos trabalhadores

0

O Sindicato se reuniu nesta segunda-feira (26) com o BRB para mais uma rodada de negociação. 

A entidade sindical questionou se o banco teria resposta para as cláusulas econômico-financeiras e alguma proposta que contemplasse a recomposição da inflação e ganho real. Para esses pontos a comissão de negociação do banco disse que não tem proposta e que não irá apresentar nenhuma resposta aos bancários que não seja aquilo que vier da negociação com a Fenaban.

Diante da reivindicação feita pelo Sindicato de renovação do ACT vigente para manter direitos dos trabalhadores, o banco disse que só manterá esses direitos desde que o fechamento do acordo ocorra até a próxima sexta-feira, acatando propostas do BRB que impedem ou dificultam o exercício de direitos dos bancários. 

O banco negou 86% dos itens da pauta de reivindicações, construída em conjunto com os trabalhadores. Isso inclui cláusulas importantes como a redução de juros para financiamento imobiliário, isenção de tarifas, progressão automática dos trabalhadores da TI, redução de carga horária para neurodivergentes de forma mais ampliada, adicional de caixa bancários, entre outros. 

O banco também reduziu a apenas um parágrafo 14 itens de diversidade que previam direitos importantes como a licença para pessoas LGBTQIAPN+ vítimas de violência e a promoção da equidade racial e o enfrentamento ao racismo, o que não atende às demandas dos trabalhadores, denotando uma visão arcaica de focar no ato de agressão em vez de buscar conscientizar e prevenir as ocorrências. 

Apenas dois itens da pauta foram atendidos na íntegra, sendo eles a realização de um seminário de segurança bancária e a criação de um grupo paritário Sindicato/banco para revisão do atual modelo de PLR.

PLR

Diante da proposta de PLR apresentada pelo banco, que é insuficiente para corrigir injustiças na distribuição, o Sindicato reforçou que é necessário a empresa avançar mais no sentido de baixar os patamares de atingimento das metas e também dispor de um percentual maior de distribuição. Por isso, o Sindicato propôs que se mantivessem os percentuais de 60% linear, 40% variável e ainda que a distribuição de PLR comece a partir de 17% do lucro e não mais a partir dos 15%.

Além disso, cobrou dados importantes e detalhados sobre o atingimento das metas e que são necessários para se fazer uma melhor análise. Sem esses dados, o Sindicato acabaria por negociar no escuro.

Postura inflexível

Em resumo, as negociações entre o Sindicato e o BRB foram marcadas por uma postura inflexível do banco, que negou a maioria das reivindicações dos trabalhadores e condicionou a manutenção de direitos já conquistados à aceitação de uma proposta que oferece poucos avanços. O Sindicato continua a lutar por melhorias nas condições de trabalho e na distribuição justa dos lucros através da PLR. A próxima reunião é nesta terça-feira (27), a partir das 10h30.

Da Redação