BRB adia a divulgação de resultados do 2º trimestre, gerando preocupação e incertezas no pagamento da PLR

0

O BRB comemorou seu 57º aniversário na sexta-feira, 1º de setembro. A data é marcada, porém, por um anúncio preocupante: o adiamento da divulgação de resultados financeiros do banco, que estava prevista para o dia 31 de agosto, sendo agora marcada para o dia 15 de setembro.

Esta não é a primeira vez que o BRB adia a divulgação dos resultados. No início do ano, a divulgação do resultado do 4º trimestre de 2022 foi adiada por cinco vezes, gerando apreensão dos funcionários e do mercado financeiro.

A diretoria do Sindicato entende que, em momento de incertezas econômicas, atrasar a divulgação de resultados financeiros pode minar ainda mais a confiança no banco. A falta de transparência pode levar a especulações negativas sobre a saúde financeira da instituição.

Além de minar a confiança e afetar o desempenho do banco, a incerteza em torno do resultado afeta a remuneração dos funcionários, por resultar em atraso na distribuição da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e gerar insegurança entre os bancários e bancárias quanto ao pagamento.

O Sindicato lembra que não há risco de a PLR deixar de ser paga, porque é um direito assegurado em acordo coletivo e jamais vai permitir que ele seja descumprido. A questão está nos transtornos e nos prejuízos causados pela frustração do pagamento da PLR na data correta. O Sindicato registra seu protesto quanto a isso e vai exigir que sejam tomadas providências para que os resultados sejam publicados tempestivamente. Chega de incompetência e descaso.

O Sindicato destaca ainda o fato de que a constante prorrogação na divulgação do resultado também levanta preocupações sobre a gestão interna do banco. Pode indicar falhas significativas nos processos de controle interno, na contabilidade ou na governança corporativa. Esses fatores são fundamentais para a estabilidade de qualquer instituição financeira e não devem ser ignorados.

A representação dos trabalhadores cobra do BRB uma explicação clara e detalhada para esse adiamento, assim como ações concretas para evitar futuras prorrogações. E aponta aos reguladores financeiros a necessidade de acompanhar de perto essa situação e, se necessário, tomar medidas para garantir a transparência e a estabilidade do sistema bancário. 

O diretor do Sindicato Daniel Oliveira destaca que “é inegável que a administração do banco está suscitando sérias dúvidas e preocupações por parte de seus acionistas, clientes e até mesmo da opinião pública. A contínua postergação na divulgação dos resultados financeiros é um sinal de alarme, pois a transparência é fundamental para a confiança no setor financeiro”.

“Além disso”, continua o diretor, “a decisão de patrocinar a Fórmula 1, juntamente com a venda de Ativos Permanentes (imóveis) e a carteira de consignado, sem uma explicação clara sobre os motivos por trás dessas ações, aumenta ainda mais as incertezas em torno da saúde financeira do banco”.  

Incertezas, metas abusivas, mais estresse  

Também é importante considerar, de um lado, as metas abusivas estabelecidas pela administração, que têm colocado uma pressão insustentável sobre as agências e seus funcionários, resultando em adoecimento físico e emocional dos empregados devido às pressões para atingir os resultados.   

E mais: a abertura de novas agências fora de sua área de atuação é outra fonte significativa de estresse para a equipe, pois isso pode gerar desafios operacionais, logísticos e de adaptação a mercados desconhecidos.

Esse estresse adicional colocado sobre os empregados devido à expansão geográfica da instituição é um problema sério que merece atenção, pois afeta o desempenho das agências e a qualidade do atendimento aos clientes, além do bem-estar das equipes.

Diante desses fatos, é fundamental questionar por que essa administração parece relutante em apresentar informações cruciais sobre o estado financeiro da instituição, ao mesmo tempo que toma decisões que afetam diretamente seus resultados financeiros, como o pagamento da PLR aos empregados, impõe metas abusivas, contribui para o adoecimento das equipes e expande de forma acentuada suas operações geográficas, gerando um estresse adicional para os funcionários.

É imperativo que as autoridades regulatórias e os órgãos competentes investiguem de forma rigorosa essa situação, a fim de garantir a integridade e a segurança do sistema bancário, bem como a responsabilidade na gestão dos recursos da instituição, a equidade nas recompensas aos funcionários, a justiça no estabelecimento de metas internas e a proteção da saúde mental e física dos empregados diante de novos desafios operacionais.

Da Redação