Brasília mostra que não compactua com golpistas

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Deva Garcia/Sinpro-DF


O Sindicato se fez presente na Esplanada dos Ministérios na manhã quente e seca deste domingo (21) no ato que reuniu mais de 30 mil pessoas para reafirmar que não aceitam a PEC da Bandidagem nem a anistia para os golpistas que tentaram dar um golpe de Estado em 2022, culminando na ação de 8 de janeiro de 2023. Os atos contra a ação dos parlamentares e golpistas aconteceram em várias cidades brasileiras.

Majoritariamente, viam-se na manifestação jovens e estudantes vindos de todas as regiões administrativas da Capital Federal. A disposição juvenil se unia à experiência de gerações testadas em outras lutas do povo brasileiro. Famílias inteiras participavam: crianças, jovens e adultos. Camisas de todas as cores; a bandeira do Brasil tremulava ao lado das cores de bandeiras de movimentos, sindicatos e partidos.

A concentração se iniciou às 10h no Museu Nacional, de onde se acompanhava a chegada de grupos vindos de todos os lados, fosse pelo transporte público, ineficiente em um domingo normal e, ontem, ainda com menos veículos e poucos trens do metrô, fosse por automóveis que estacionavam ao longo do Eixo Monumental e das quadras da região central.

No primeiro momento, várias organizações fizeram uso da palavra, como a representação da Geração 68 e de movimentos estudantis; em seguida, foi realizada uma apresentação de batalha de rimas, quando se iniciou a marcha rumo ao Congresso Nacional.

Durante a marcha, podia-se ver a multidão presente na manifestação. Enquanto um grupo já estava próximo à Travessa das Bandeiras, outro ainda permanecia no Museu Nacional. As vozes se revezavam no carro de som, e as palavras de ordem ecoavam firmes: “Sem anistia!”, “Motta capacho!”, “Centrão ladrão!”, “PCC: Primeiro Comando do Congresso!”, além de vozes em solidariedade ao povo palestino e em defesa da soberania nacional.

O calor, o sol e a baixa umidade não desanimaram os manifestantes, que seguiram firmes. A disposição de dar um basta às ações criminosas de parlamentares contra o povo brasileiro reacendeu a chama da força da mobilização popular contra os crimes de agentes do sistema financeiro, do latifúndio, das forças do atraso e a serviço dos EUA, que atacam a soberania nacional. Esse sentimento de dignidade e verdadeiro patriotismo levou à unidade e à mobilização dos mais variados setores do povo brasileiro.

Dirigentes das entidades estudantis, sindicatos, partidos, movimentos sociais, populares e internacionalistas; a deputada Érika Kokay; os deputados Lindbergh Farias, Reginaldo Veras, Fábio Félix, Chico Vigilante, Max Maciel e Rodrigo Rollemberg estiveram presentes. Pepita, Djonga e Chico César se apresentaram durante a manifestação. Foram muitas vozes, da cidade, da juventude, de sindicalistas, artistas e dirigentes, todas juntas em uma só voz contra a anistia para os golpistas, em defesa da prisão dos envolvidos e pela soberania nacional.

Pedro César Batista
Colaboração para o Sindicato