Aumento para poucos. É essa a política salarial da direção do Bradesco, que informou aos gerentes regionais e gestores que pretende reajustar os salários dos gerentes de contas das agências em até 24%, deixando de fora os demais funcionários das unidades – como caixas, tesoureiros, assistentes de gerência, gerentes administrativos e gerais.
De acordo com o comunicado enviado aos gerentes, o percentual a ser aplicado ao salário – entre 12% e 24% – viria baseado na avaliação de desempenho que é feita pelo banco. O diretor do Sindicato Garcia Rocha diz que "o movimento sindical bancário defende que os gerentes de contas tenham o reajuste, mas pondera, afirmando que não há concordância em relação à exclusão dos demais trabalhadores, os das agências e da área administrativa das concentrações, uma vez que todos contribuíram para os elevados lucros do banco".
PCCS
Há muito o Sindicato vem denunciando que os salários desses trabalhadores estão defasados em relação ao mercado, havendo discrepâncias nos vencimentos dos bancários com igual tempo de banco e que realizam as mesmas tarefas. E mais, o Sindicato não fez apenas denúncias, propôs que fosse negociado um Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) democrático, transparente e que assegurasse a valorização profissional de todos os bancários, das agências e concentrações indistintamente.
O diretor do Sindicato Márcio Teixeira lembra ainda que na Campanha de Valorização dos Funcionários constam reivindicações importantes para os trabalhadores como, por exemplo, o auxílio-educação para a graduação e pós, que o Bradesco tem plenas condições de atender.
Da redação do Seeb Brasília, com informações do Seeb São Paulo
