Bradesco, Itaú, Santander e HSBC pagam PLR esta semana

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Soma da PLR e dos reajustes de 10% no salário e 14% nos vales, conquistados com a greve e assegurados na CCT e acordos específicos assinados na terça 3, representa R$ 11,2 bilhões que os bancários injetarão na economia

A Caixa Econômica Federal depositou na sexta-feira 6 a antecipação da PLR, seguida pelo Bradesco, que paga na terça-feira 10, e pelo Itaú e Santander, que fazem o depósito na quinta-feira 12. O HSBC anunciou o pagamento para a sexta-feira 13. O Banco do Brasil já fez a antecipação da PLR no dia 3 de novembro.

Veja aqui  quais os valores da antecipação da PLR.

A maioria dos bancos também já definiu a data de pagamento das diferenças dos salários e das verbas salarias reajustadas em 10% e dos vales refeição e alimentação (aumento de 14%) retroativas a 1º de setembro, data-base da categoria bancária.

O Banco da Amazônia já efetuou os pagamentos dos atrasados. O Santander pagará as diferenças no dia 19 de novembro, o BB e a Caixa até o dia 20 e o Itaú no dia 27. Bradesco e HSBC ainda não informaram.

Confira aqui qual o montante dessas diferenças.

A Federação Centro Norte (Fetec-CUT/CN) e os 12 sindicatos filiados assinaram na terça-feira 3 em São Paulo, junto com as entidades sindicais de todo o país, a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) 2015/2016 com a Fenaban e os acordos aditivos específicos com o Banco do Brasil e com a Caixa Econômica Federal, além do PCR com o Itaú e a gratificação de R$ 3 mil conquistada pelos bancários no HSBC.

Banco do Brasil deposita PLR

O BB já efetuou o pagamento da antecipação da PLR nesta terça 3, mesmo dia da assinatura do acordo aditivo específico com a Fetec-CUT/CN e sindicatos. Os valores pagos são: escriturário, R$ 4.952,94; caixa, R$ 5.420,74; 1º gestor, 1,86 salário; comissionado, 1,48 salário; gerência média, 1,56 salário e assessores, 1,59 salário.

As diferenças dos salários e verbas retroativas a 1º de setembro serão pagas até o dia 20 de novembro.

Rafael Zanon, representante da Fetec-CUT/CN na Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil e diretor do Sindicato de Brasília, disse após a assinatura do acordo aditivo que “a campanha deste ano foi duríssima, principalmente levando em consideração a conjuntura econômica adversa” . Para ele, os bancários de todos os bancos demonstraram grande unidade nacional e, com a força da mobilização, “resistiram e evitaram que as empresas impusessem perdas salariais”.

Mesmo com o êxito da Campanha Nacional 2015, Zanon prenuncia mais mobilizações: “Os funcionários do Banco do Brasil continuam mobilizados na luta em relação à sustentabilidade da Cassi e a outros itens prioritários, como a busca de critérios mais claros e objetivos de ascensão profissional”.

Caixa

Na Caixa, além da aplicação do índice da Fenaban de 10% nos salários, no piso e na PLR e do reajuste de 14% nos vales refeição e alimentação e PLR adicional de 4% do lucro, distribuída de forma linear, os empregados também conquistaram com a greve a assinatura de um termo de entendimento que prevê a suspensão do GDP e dos 15 minutos de pausa para mulheres antes da hora extra, retorno do adiantamento odontológico, devolução dos dias descontados em mobilizações em defesa da “Caixa 100% Pública” e contra a terceirização, e promoção por mérito para 2017, com sistemática a ser realizada em 2016.

“Não foi uma negociação tranquila e não é o acordo ideal, mas tivemos avanços e a nossa resistência nos permitiu chegar até aqui. Agora é seguir na luta em defesa dos empregados e empregadas da Caixa e da própria empresa enquanto patrimônio do povo”, afirmou Wandeir Severo, representante da Fetec-CUT/CN na Comissão Executiva dos Empregados (CEE), após a assinatura do acordo aditivo.

Bancários injetarão R$ 11,2 bi na economia

Somando o reajuste de 10% nos salários, de 14% no vale-refeição e cesta-alimentação e a PLR total, como resultado da grande mobilização da categoria na Campanha Nacional 2015, os bancários injetarão na economia uma soma extra de cerca de R$ 11,2 bilhões nos próximos 12 meses, segundo avaliação do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioecomômicos). 

Os valores são assim distribuídos:

• R$ 4,240 bilhões com o reajuste de 10% nos salários.

• R$ 6,045 bilhões com a PLR, dos quais R$ 2,437 bilhões serão pagos de antecipação agora em novembro.

• R$ 894,092 milhões com o reajuste de 14% no auxílio-refeição e na cesta-alimentação.

Da Redação, com informações da Fetec-CUT/CN