“Bloco dos Demitidos” protesta em sete agências do Itaú Unibanco contra desligamentos

0

GJH_398

O Sindicato realizou nesta terça-feira (14) uma série de manifestações nas agências do Itaú Unibanco pelo fim das demissões. Fazendo um contraponto ao clima de festa do Carnaval, o “Bloco dos Demitidos”, organizado pelo Sindicato, “desfilou” por sete agências, nas Asas Norte e Sul, para protestar contra as mais de 4 mil demissões promovidas pela instituição financeira em 2011. Em Brasília, já foram 11 desligamentos desde o início do ano.

 

Durante os protestos, o “Bloco dos Demitidos” denunciou a dura realidade do fim dos empregos no banco com cartazes que diziam, entre outras coisas: “Itaú, o banco que descumpre a Convenção 158 da OIT” e “O Sindicato luta pelo fim da rotatividade no Itaú”. A Convenção 158 da Organização Internacional do Trabalho coíbe as demissões imotivadas.     

Dirigentes sindicais percorreram as unidades distribuindo panfletos e conversando com bancários, clientes e usuários sobre essa política nefasta do banco de demitir tantos trabalhadores – promovendo assim uma alta rotatividade – apesar de ter obtido lucro recorde de R$ 14,62 bilhões no ano passado.

 

ita_706_norte_-fg_11

“Estamos mobilizados com atividades em todo o Brasil para repudiar essa política de demissões e rotatividade praticada pelo Itaú e exigir que ela acabe. Trata-se de práticas que não se justificam, tendo em vista os resultados excepcionais alcançados pelo banco”, afirma Louraci Morais, diretora do Sindicato.

Sátira

 

As manifestações contaram também com encenação que contou com um “bebê” que chorava ao ver as altas taxas cobradas pelo Itaú para seus serviços bancários e ao saber das demissões de funcionários. A encenação é uma sátira à propaganda veiculada pelo banco que vende uma imagem de responsabilidade socioambiental.

 

Ita_504_norte-fg_46


Para se contrapor ao comercial do banco, os diretores do Sindicato apresentaram alguns números. Por exemplo, o banco cobra por mês dos clientes R$ 11,85 para retirada de extratos; R$ 7,80 por operação de TED ou DOC; e R$ 48 de anuidade de cartão.

 

Os diretores do Sindicato também rasgaram contratos de trabalho simbólicos para denunciar o desrespeito do banco para com os empregados.

 

ita_706_norte_-fg_16

 

“Para mais essa luta, pedimos o apoio da população, clientes e usuários, que também são explorados pelo banco. Deixamos bem claro que a culpa não é dos bancários e sim do banco, que demite e acaba sobrecarregando os que continuam trabalhando”, frisa o diretor do Sindicato Sandro Oliveira.

 

Ita_504_norte-fg_12

 

Denúncias


Nas visitas às agências, os diretores do Sindicato também recebiam denúncias de assédio moral ou constatavam problemas de insegurança e falta de condições de trabalho, como ausência de portas giratórias, vazamentos, câmeras de segurança desligadas, entre outros problemas.

Assista aqui à cobertura das manifestações pela TV Bancários

    

Thaís Rohrer
Do Seeb Brasília