Bancos usam reforma trabalhista para lucrar mais

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Banco do Brasil

O Banco do Brasil anunciou na quinta-feira (22/2) que o lucro líquido ajustado — que exclui efeitos de receitas e despesas extraordinários — cresceu 54,2% e chegou a R$ 11,1 bilhões em 2017, com redução da provisão contra calotes de clientes e aumento das receitas com prestação de serviços. Somente no quarto trimestre o lucro foi de R$ 3,188 bilhões, crescimento de 82,5%.

Em matéria publicada no ano passado, o Sindicato já havia vislumbrado que o banco reverteria parte da Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa (PCLD) de 2016 para incrementar o lucro de 2017.

A PLR será paga em 12 de março, mesmo dia da distribuição dos lucros aos acionistas.

Bradesco

O Bradesco lucrou R$ 19,024 bilhões, com crescimento de 11,1%, em relação a 2016 e de 1,1% no trimestre. Em contrapartida, a holding encerrou o ano de 2017 com 98.808 empregados, uma redução de 9.985 postos de trabalho em relação ao final de 2016, que representa 9,2% do seu quadro de funcionários, mesmo, após a incorporação, em setembro de 2016, de aproximadamente 20 mil trabalhadores banco HSBC. O PDVE, segundo o banco, teve 7,4 mil adesões. No período, foram fechadas 565 agências e abertos 78 novos postos de atendimento (PA). A PLR no banco já foi paga.

Itaú

O pagamento da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de 2017 foi realizado no dia 1º de março, de acordo com as regras previstas na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da Categoria e no Aditivo específico do banco.

O banco, que teve lucro de R$ 24,8 bilhões, anunciou que o valor foi pago pelo teto, equivalente a 2,2 salários, limitado a R$ 26.478,55, descontada a primeira parcela, já paga em setembro do ano passado. Também foram pagas no mesmo dia a parcela correspondente à PLR Adicional no valor de R$ 4.487,16, descontados os valores pagos antecipadamente.

Santander

O lucro gerencial, que exclui despesas com amortização de ágio e itens extraordinários, chegou a R$ 9,953 bilhões, um aumento de 35,6% em relação ao obtido no ano anterior, o maior da história do banco no Brasil.

O lucro líquido cresceu 44,5% no ano passado, alcançando uma soma de R$ 7,99 bilhões. As receitas em 2017 chegaram a R$ 52,9 bilhões, registrando um aumento de 18,3% em relação a 2016. De acordo com os dados divulgados pelo banco, o crescimento se deve ao aumento das margens financeiras, dos spreads e das comissões.

O Santander antecipou para o dia 20/2 o pagamento da segunda parcela da Participação nos Lucros e Resultados aos bancários.

Caixa e BRB

Até o fechamento desta edição, Caixa e BRB não divulgaram os respectivos balanços.

Da Redação