Fenaban propõe apenas reposição da inflação por 4 anos. Comando indica rejeição

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A Fenaban apresentou ao Comando Nacional dos Bancários nesta terça-feira 7 de agosto uma proposta que concede apenas a reposição da inflação por quatro anos para os salários, PLR e todas as verbas econômicas, e não contempla as reivindicações sobre emprego, saúde e condições de trabalho, segurança e igualdade de oportunidades. A inflação projetada para 1º de setembro, a data-base da categoria, é de 3,90%.

O Comando Nacional considera a proposta dos bancos incompleta e insuficiente, porque não atende às expectativas dos bancários, e orienta as assembleias desta quarta-feira 8 a rejeitarem a proposta. Nova rodada de negociação foi marcada para o dia 17.

“A proposta apresentada pela Fenaban nos provoca quando não apresenta ganho real de salário e nem avança nas questões de saúde e condições de trabalho. Se eles querem negociar sem conflitos, precisam levar mais a sério nossas reivindicações”, critica o presidente do Sindicato, Eduardo Araújo, membro do Comando Nacional. 

O Comando também indica às assembleias aprovarem paralisação parcial e retardarem a abertura das agências na sexta-feira dia 10, em adesão ao Dia do Basta, convocado pela CUT e demais centrais sindicais para protestar contra o desemprego, a retirada de direitos, o aumento do preço do gás de cozinha e dos combustíveis, as privatizações e a entrega das riquezas nacionais ao grande capital nacional e internacional.

O que os bancários querem

˃ Aumento real de 5%.

˃ PLR de três salários mais R$ 8.546,64 fixos para todos.

˃ Pisos salariais:

˃ R$ 3.747,10 para portaria, contínuos, serventes e escritório.

˃ R$ 5.058,59 para caixas, operadores de atendimento, empregados de tesouraria, analistas de crédito e os que efetuam pagamentos e recebimentos.

˃ Primeiro comissionado: R$ 6.370,07 (incluindo gratificação de função).

˃ Primeiro gerente e técnico de TI: R$8.430,98 (incluindo gratificação de função).

˃ Assinatura de pré-acordo para estender a validade da Convenção Coletiva (que expira em 31 de agosto) até que novo acordo seja firmado, garantindo assim a manutenção de todos os direitos da categoria.

˃ Melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários.

˃ Emprego: fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações e ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas.

˃ Vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 954,00 (salário mínimo nacional).

˃ Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários, garantindo salários iguais para as mesmas funções, preservando a isonomia salarial.

˃ Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós.

˃ 14º salário.

˃ Prevenção contra assaltos e sequestros: permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, como determina a legislação. Instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas. Abertura e fechamento remoto das agências, fim da guarda das chaves por funcionários.

˃ Igualdade de oportunidades: fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transsexuais e pessoas com deficiência (PCDs).