Banco do Brasil se compromete a não mexer na gratificação dos caixas durante a Campanha Nacional 2024

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O tema será negociado no período. A garantia foi dada pela direção do banco na terceira mesa de negociação da Campanha Nacional 2024, nesta sexta-feira (12)

O Banco do Brasil se comprometeu a não mexer na gratificação dos caixas durante a Campanha Nacional 2024 e a negociar a pauta durante o período. A garantia foi dada pela direção do Banco do Brasil no início da terceira mesa de negociação específica da Campanha Nacional 2024 para a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), na tarde desta sexta-feira (12).

A cobrança foi feita logo no início da reunião, pois os trabalhadores estão ansiosos por esse retorno. O tema mexe diretamente com a vida dos caixas e precisa ser resolvido o quanto antes.

Cláusulas sociais em debate

O tema central da reunião foi cláusulas sociais, com destaque para teletrabalho, jornada de trabalho, além de auxílios financeiros.

A CEBB reivindicou a ampliação do percentual de funcionários e dos dias da semana em teletrabalho, seja no sistema híbrido ou totalmente remoto. De acordo com o Banco do Brasil, atualmente, cerca de 38% dos 87 mil bancários estão em teletrabalho. A garantia da igualdade de tratamento, remuneração e direitos do trabalhador que realiza seu trabalho à distância, como o respeito aos feriados regionais, também foi abordada.

Redução da jornada

Outra reivindicação apresentada foi a redução da jornada de trabalho para quatro dias da semana. Levantamento feito pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostra que a implementação da jornada de quatro dias, entre os bancários que hoje realizam a jornada de 37 horas semanais, teria o potencial de criar mais de 108 mil vagas no setor, ou 25% do total de vagas que existem atualmente.

Se a jornada reduzida fosse implementada entre os trabalhadores com jornada semanal de 30 horas, o potencial de geração de emprego seria de mais de 240 mil vagas, ou 55,5% do total que existe hoje.

Banco de horas negativa

O movimento sindical pediu ainda o quadro atualizado da quantidade de horas negativas que os bancários têm de fazer a compensação até maio de 2025, para buscar alterativas para os trabalhadores zerarem suas horas negativas.

A CEE considerou a reunião um avanço pelo fato de o banco querer tratar de forma negociada e não de forma judicial a gratificação dos caixas. Além disso, eles se mostraram receptivos em relação às nossas pautas, principalmente no teletrabalho, no qual garantiram não estar no escopo deles a redução do teletrabalho.

A próxima reunião de negociação será no dia 19 de julho, em São Paulo, sobre saúde.

Fonte: Contraf-CUT