Bancários seguem mobilizados no terceiro dia da greve; sexta tem negociação com a Fenaban

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A greve nacional dos bancários entra nesta sexta-feira (9) em seu quarto dia crescendo cada vez mais. Iniciada na terça (6) como resposta à vergonhosa proposta de reajuste salarial e de abono oferecida pela Fenaban, 7.359 agências, centros administrativos e serviços de atendimento ao cliente aderiram ao movimento no primeiro dia. Em Brasília, cerca de 70% das agências pararam, além de adesão nos prédios do BB, da Caixa e do BRB.

Considerados recordes, os números de adesão, equivalente a 32,25% do total de agências no país, foram 17,7% maiores do que os do ano passado, o que levou a Fenaban a chamar os representantes dos trabalhadores para uma nova rodada de negociações, marcada para esta sexta-feira (9), às 11h, em São Paulo.

Nesta quinta-feira (8), terceiro dia de greve, 8.454 agências e 38 centros administrativos tiveram as atividades paralisadas em todo o Brasil – um crescimento de 13% na comparação com a terça.

Os bancários reivindicam, além da reposição da inflação do período, de 9,57%, mais 5% de aumento real, valorização do piso salarial, combate às metas abusivas e ao assédio moral, fim da terceirização, mais segurança, melhores condições de trabalho. A defesa do emprego também é prioridade, assim como a proteção das empresas públicas e dos direitos da classe trabalhadora.

Denúncias

No terceiro dia de paralisação, bancários do Banco do Brasil denunciam que está havendo a distribuição de certificados VPN. Quem não conseguir entrar no prédio do banco está autorizado a utilizá-lo fora do ambiente de trabalho, ou seja, o sistema possibilita que o bancário continue exercendo suas atividades mesmo não estando no local onde trabalha.   

O Sindicato alerta que essa medida fere o direito de greve, pois é evidente que visa apenas a atrapalhar a mobilização, uma vez que o banco permite o uso do VPN somente no período de paralisação. Além disso, traz riscos para os bancários, que não devem aceitar esse tipo de coação. Portanto, os funcionários devem ficar atentos para não caírem nessa armadilha, que pode também prejudicar o bom andamento do movimento.

Mariluce Fernandes
Do Seeb Brasília