Bancários realizam ato em defesa do Banco do Brasil e denunciam ataques da extrema direita

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Parte de uma ampla frente de mobilização nacional, o Sindicato promoveu, nesta quarta-feira (27), um grande ato em frente ao edifício-sede do Banco do Brasil, na 201 Norte, em defesa do BB público, dos seus funcionários e da soberania nacional, numa resposta à onda de fake news e ataques coordenados contra a instituição que circularam nos últimos dias.

Orquestrada por lideranças da extrema direita, a ação criminosa nas redes sociais orientava correntistas a retirarem recursos e encerrarem contas no banco. A iniciativa busca enfraquecer uma das principais instituições financeiras do país e ameaça a segurança de mais de 100 mil trabalhadores e trabalhadoras.

Durante o ato, que reuniu trabalhadores e diversas lideranças sindicais, o Sindicato serviu um prato com peixe traíra, numa alusão irônica aos “traidores da pátria” que estão por trás dos ataques contra o Banco do Brasil e a soberania nacional.

A atividade contou também com a presença de parlamentares que se somaram à luta em defesa do BB público: Erika Kokay (PT-DF), Reimont (PT-RJ) e Tadeu Veneri (PT-PR), que manifestaram solidariedade aos bancários e repúdio aos ataques articulados contra a instituição.

Rodrigo Britto, presidente da Fetec-CUT/CN e bancário da instituição financeira, destacou que o BB é patrimônio do povo brasileiro e não pode ser alvo de especulações. “Estamos falando de uma instituição bicentenária, que completará 217 anos em 2025, e que precisa ser respeitada. Não podemos permitir que fake news coloquem em risco os empregos de milhares de trabalhadores e a soberania nacional.”

Britto lembrou ainda que não é a primeira vez que forças entreguistas tentam desmoralizar e enfraquecer o BB. “Esses ataques não são casuais. Eles fazem parte de um projeto de enfraquecimento do setor público e de tentativa de privatização. Nós não vamos permitir. O Banco do Brasil pertence ao povo, serve ao Brasil e é peça fundamental para o desenvolvimento do país. Por isso, estaremos nas ruas, nas redes e em todos os espaços para defender o nosso banco.”

A presidenta da Contraf e vice-presidenta da CUT, Juvândia Moreira, reforçou que disseminar mentiras sobre o BB configura crime contra o sistema financeiro nacional. “O Banco do Brasil é sólido, fundamental para o financiamento do agronegócio, da agricultura familiar e para a vida dos trabalhadores. Espalhar fake news dizendo que o banco vai fechar ou que correntistas perderão seus recursos é crime previsto na Lei 7.492, sujeito a prisão. Quem ataca o BB ataca os interesses da classe trabalhadora e do país.”

Juvândia destacou também que o movimento sindical não vai se calar diante das mentiras. “Estamos aqui para afirmar que defender o Banco do Brasil é defender o povo brasileiro. Não aceitaremos que deputados e aventureiros políticos tentem destruir uma instituição que garante crédito, emprego e desenvolvimento. Nosso recado é claro: quem espalhar fake news contra o BB vai responder na Justiça e também vai enfrentar a resistência da classe trabalhadora organizada.”

“Viemos a Brasília para dizer não aos ataques contra a soberania brasileira e contra o sistema financeiro público. Até simbolicamente, fritamos algumas ‘traíras’, representando aqueles que traem o povo e atentam contra o Banco do Brasil. Não queremos traíra em solo brasileiro”, afirmou Jefão Meira, diretor da Contraf-CUT, também participou da mobilização e lembrou que o ato contou com o apoio de várias entidades nacionais.

Ele reforçou que o ato em Brasília foi parte de uma luta nacional. “O que está em jogo não é apenas um banco, mas o papel estratégico do Estado na economia e na vida das pessoas. Defender o BB é defender crédito para a agricultura, financiamento para a habitação, apoio às pequenas empresas. É defender emprego digno e futuro para o país. Por isso, seguiremos em mobilização permanente: contra as traíras e ao lado da classe trabalhadora.”

O movimento destacou ainda que o Banco do Brasil é uma instituição estratégica para o desenvolvimento do país, responsável por fomentar crédito, apoiar o setor produtivo e atender milhões de brasileiros. Para os trabalhadores, defender o BB é defender a própria democracia e os interesses nacionais.

Da Redação