Bancários obtêm apoio de senadora em projeto de lei sobre segurança bancária

0

Representantes da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT), da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Centro-Norte (Fetec/CN) e dos sindicatos participaram nessa quinta-feira 11 de reunião com a senadora Serys Slhessarenko (PT/MT) em que pediram seu apoio na defesa do projeto de estatuto da segurança privada, que atualiza a lei federal nº 7.102, de 20 de junho de 1983, a qual rege o tema.

Participaram da reunião Carlos Cordeiro, secretário-geral da Contraf/CUT, Sônia Rocha, presidente da Fetec Centro-Norte, Arilson Silva, presidente do Sindicato dos Bancários do Mato Grosso, e Gutemberg Oliveira, diretor da Fetec-SP.

Os bancários também foram prestar solidariedade à senadora, que no último dia 3 presenciou o ataque de bandidos à agência do Banco do Brasil da cidade de Comodoro, no MT, onde estava em campanha eleitoral juntamente com um candidato a prefeito do município.  Serys, que estava acompanhada de seu segurança e assessor, chegou a ser jogada ao chão para se proteger do fogo cruzado entre assaltantes e polícia. Ela nada sofreu.

Prioridades

Considerados prioritários para a segurança de bancários, vigilantes, clientes e usuários, quatro pontos do projeto, que está em discussão na Polícia Federal, foram destacados pelos bancários na discussão com a senadora. O primeiro deles trata da instalação de portas giratórias, que, defendem os representantes dos trabalhadores, devem ser obrigatórias já no principal acesso das agências, extensivas a outros postos de serviços, como PABs e correspondentes bancários (lotéricas, por exemplo).

Os trabalhadores também não abrem mão do ponto que trata da proibição de transporte de valores por bancários, por considerar ser este um serviço de competência exclusiva de vigilantes, que possuem treinamento especializado para isso.  “Reforçamos ainda que a chave do cofre não pode ficar em poder de bancário, uma vez que isso o torna alvo fácil da ação dos bandidos”, frisou Carlos Cordeiro, secretário-geral da Contraf/CUT.

Outro tópico do projeto considerado prioritário pede mais rigor nas penalidades aplicadas aos bancos que descumprirem a lei, e que a Polícia Federal, em caso de operações de fiscalização, tenha poder de interditar agências que não estejam cumprindo a legislação. Atualmente, o valor das multas pago pelas instituições financeiras fica muito aquém do montante gasto com aparatos de segurança.

A isonomia de tratamento entre bancários e correspondentes bancários no que se refere à abrangência das medidas previstas na alteração da lei foi outro ponto da discussão. “Os bancos têm pressionado para que esse segmento fique de fora da nova lei, mas o movimento sindical bancário não permitirá qualquer tipo de discriminação e exige tratamento igual para todos que realizam serviços de intermediação financeira”, declarou Raimundo Dantas, diretor do Sindicato.

Serys Slhessarenko manifestou preocupação com o tema, e também solidariedade à categoria bancária, colocando-se à disposição no que for necessário para a aprovação do projeto. "Como fui vítima de uma situação de assalto, estou muito preocupada com essa questão e me solidarizo com a luta dos bancários para melhorar a segurança nas agências", disse. "Vou defender o interesse dos trabalhadores", garantiu.