Bancários lutam por mais valorização com ato em agência do Itaú Unibanco de Taguatinga

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A agência do Itaú Unibanco de Taguatinga Centro – região administrativa próxima a Brasília – abriu duas horas mais tarde nesta terça-feira 19. O atraso foi um protesto contra o assédio moral, as metas abusivas e as demissões de bancários. O ato integra o Dia Nacional de Luta realizado em todo o país. “Os trabalhadores reivindicam mais valorização do Itaú Unibanco, diante do lucro R$ 13,3 bilhões em 2010”, afirma Washington Henrique, diretor do Sindicato e funcionário do banco.

 

 

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Como se não bastasse a política de arrocho contra os bancários, o Itaú Unibanco cancelou a negociação marcada com a Comissão de Organização dos Empregados (COE), que deveria ter ocorrido na primeira quinzena de abril. “Os dirigentes sindicais de todo o país repudiaram a atitude do banco de desmarcar em cima da hora uma rodada de negociação com os trabalhadores. Alguns dirigentes sindicais já estavam em São Paulo quando souberam da notícia”, observa Roberto Alves, diretor do Sindicato e também funcionário do Itaú Unibanco.

O movimento sindical cobra mais contratações para oferecer melhores condições de trabalho aos funcionários e um melhor atendimento aos clientes e usuários. “Estamos pedindo socorro porque os bancários estão adoecendo com tanto trabalho. Recebemos diversas denúncias de pessoas que não estão conseguindo nem almoçar por conta da sobrecarga”, relata Louraci Morais, diretora do Sindicato.

A estudante universitária Noelise Nogueira, que chegou à agência para desbloquear seu cartão, não se incomodou com a paralisação dos bancários. “Eu apoio o protesto dos bancários porque acredito que eles devem ser mais valorizados. Também queremos o melhor atendimento”, disse. A população recebeu panfletos explicando os motivos da manifestação e as reivindicações dos bancários.

O Sindicato organizou esse primeiro ato para pressionar o Itaú Unibanco a negociar a pauta de reivindicações dos trabalhadores e promete mais ações caso o banco continue com essa postura intransigente.

Os diretores do Sindicato Sandro Oliveira e Edmilson Lacerda e o diretor da Fetec-CN José Anilton também participaram da atividade.

 

Thaís Rohrer
Do Seeb Brasília