A Campanha Nacional dos Bancários 2007 foi lançada oficialmente no dia 14 em Brasília, com manifestações das quais participaram mais de 500 dirigentes e militantes sindicais de todo o país e com a entrega das pautas de reivindicações específicas às direções do Banco do Brasil e da Caixa. O lema da campanha é A gente vale+. Nesta primavera, não conte com a sorte. Vá à luta.
Nesta quinta-feira 23 haverá a primeira rodada de negociação dos bancários com a Fenaban. A pauta geral da Campanha Nacional da categoria foi entregue à Fenaban no dia 10 de agosto. As negociações das reivindicações gerais serão simultâneas às negociações das questões específicas.
Caravanas vindas de todo o país começaram a chegar de manhãzinha a Brasília no dia 14. A partir das 9h houve a primeira manifestação do dia, em frente à Matriz I da Caixa. Ao saudar os visitantes, o presidente do Sindicato, Rodrigo Britto, des-tacou a importância da unidade da categoria na campanha. Para ele, é preciso avançar sobretudo na saúde da categoria. As condições de trabalho são precárias e os bancários são vítimas de um verdadeiro massacre por atingimento de metas, disse Rodrigo.
Às 11h, começou a concentração em frente ao Edifício Sede I do BB, com queima de fogos, música e espetáculo de mímica. Durante o ato, chegou a notícia do balanço do banco no primeiro semestre, de R$ 2,5 bilhões. Ao meio-dia, o Comando Nacional subiu até o 20º andar do Edifício Sede III para entregar a pauta específica dos funcionários do Banco do Brasil ao presidente Lima Neto.
Destacamos que o BB tem todas as condições de atender nossa pauta de reivindicações. O fato de o presidente ter recebido pessoalmente nossa minuta foi muito positivo, mas esperamos que o ato se traduza em seriedade na hora de negociar, disse Marcel Barros, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários.
A manifestação foi encerrada às 14h com soltura de balões. Ás 15h, comissão conjunta formada por bancários e metalúrgicos impetraram no Supremo Tribunal Federal uma Argüição de Descumprimento de Preceitos Fundamentais (ADPF), para tentar barrar a onda de interditos proibitórios promovida pelos bancos contra o direito de greve.