Bancários entregam pauta de reivindicações à Fenaban, BB e Caixa

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bancario-bancariaCoordenado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), o Comando Nacional dos Bancários, entregou nesta terça-feira (30) à Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), em São Paulo, a pauta de reivindicações da Campanha 2013, aprovada pela 15ª Conferência Nacional dos Bancários realizada de 19 a 21 de julho na capital paulista. Em seguida, os representantes dos trabalhadores, incluindo o presidente do Sindicato dos Bancários de Brasília, Eduardo Araújo, entregaram as pautas específicas de reivindicações às direções do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal.

Logo após receber a minuta de reivindicações, o presidente da Federação Nacional dos Bancários (Fenaban), Murilo Portugal, disse esperar um bom resultado entre as partes. Ele compartilha a ideia que a negociação possa ter uma boa dinâmica. Há problemas de entendimento e de confiança na relação e na regulação do sistema financeiro mesmo diante da solidez que se reflete nos bons resultados apresentados pelos bancos.

Presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro afirmou que a minuta é fruto de um processo democrático, iniciado nas reuniões dos sindicatos de base. “A atual conjuntura é diferente, uma vez que no momento a sociedade se mobiliza para buscar avanços. Além disso, os balanços dos bancos mostram uma situação muito melhor do que o esperado para um cenário de crise mundial e de baixo crescimento do Brasil”. De acordo com Cordeiro, as negociações serão pautadas pelo respeito e sem a interveniência de outros atores.

“Faremos uma campanha que discutirá todos os assuntos da pauta corporativa e também temas de interesse da sociedade, como a regulamentação do sistema financeiro, entre outros”, afirmou o presidente do Sindicato, Eduardo Araújo.

“Queremos resolver o problema da redução de empregos no setor, melhores condições de trabalho, segurança e saúde, além de estabelecer, de fato, uma remuneração digna com piso salarial de R$ 2,8 mil e com aumento real de salários compatível com a produtividade e lucratividade do setor”, acrescentou o dirigente sindical, que também integra o Comando Nacional dos Bancários.

Primeiras negociações

A primeira negociação com a Fenaban está marcada para o próximo dia 8 de agosto, em São Paulo. Na ocasião, serão discutidos saúde e segurança. Se necessário, a reunião continuará no dia 9 de agosto.

Seguindo o modelo de campanha nacional unificada, as negociações com o BB e a Caixa serão realizadas de forma concomitante com a negociação da categoria com a Fenaban.

A mesa de negociação com os dois bancos públicos é coordenada pelo Comando Nacional, com a assessoria da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB e da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa), ambas integradas por representantes de federações e sindicatos, incluindo o de Brasília.

Banco do Brasil

No caso do BB, a instituição financeira confirmou a primeira rodada de negociação especifica com os representantes dos trabalhadores no próximo dia 14 de agosto, às 13h, em Brasília, também sobre o tema saúde e condições de trabalho.

Realizado nos dias 17, 18 e 19 de maio, o 24º Congresso Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil aprovou a pauta específica centrada no combate ao plano de funções comissionadas, ao assédio moral, às práticas antissindicais e às péssimas condições de trabalho.

Caixa

Já os representantes da Caixa reservaram a próxima sexta-feira (9) para a realização da primeira rodada de negociação especifica com o movimento sindical. Estarão em pauta temas como saúde e condições de trabalho. A negociação será em Brasília, às 15h.

Os empregados da Caixa aprovaram no 29º Congresso Nacional dos Empregados(Conecef), também realizado nos dias 17, 18 e 19 de maio, a pauta específica com reivindicações que envolvem Saúde do trabalhador, condições de trabalho e Saúde Caixa, segurança bancária, carreira e condições de funcionamento das agências, papel social da Caixa, contratação, isonomia, Sipon e jornada de trabalho, e questões que tratam da Funcef e aposentados.

Rodrigo Couto
Do Seeb Brasília