Após 21 dias de greve e uma forte mobilização da categoria desde a construção coletiva da pauta de reivindicações, a Campanha Nacional nos bancos privados em 2015 entra para a história. Se aproveitando de uma conjuntura política e econômica extremamente difícil, os banqueiros, que tanto lucram a cada ano, tentaram impor perdas, com uma proposta inicial de 5,5%, bem abaixo da inflação, e o retorno da política do abono, mas a categoria se manteve unida e conseguiu reverter esse cenário.
A Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), que será assinada pelo Comando Nacional dos Bancários nesta terça-feira (3), garante reajuste de 10% no salário, na PLR e no piso, e de 14% nos vales refeição e alimentação, e por consequência a manutenção do poder de compra dos trabalhadores. Com o resultado da Campanha 2015, a categoria vai acumular em 12 anos 20,83% de ganho real nos salários, 42,3% nos pisos e 26,30% nos vales.
Dias parados
Outro avanço conquistado pelos bancários foi em relação aos dias parados, já que os bancos queriam a compensação ou desconto totais das horas de greve. Mas diante da resistência do Comando Nacional, os bancos cederam, e os bancários, além de terem parte dos dias parados abonados, farão a compensação, que será de até uma hora por dia até 15 de dezembro. Haverá abono de 53 horas para quem tem contrato de jornada de 6 horas diárias e de 81 horas para quem é contratado por 8 horas. Quem fez menos dias de greve também fará compensação de até uma hora por dia, no mesmo período.
O início do período de compensação está marcado para o dia 3 de novembro, quando a Convenção Coletiva será assinada.
Saúde
Em relação à pauta de saúde, a Fenaban apresentou um termo de entendimento a ser assinado entre os seis maiores bancos e o movimento sindical bancário com mesas específicas para tratar de ajustes na gestão das instituições de modo a reduzir as causas de adoecimento. As comissões de empresa acompanharão para garantir a melhoria das condições de trabalho.
Da Redação
