Bancários dos bancos privados aprovam proposta da Fenaban e põem fim à greve

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Os bancários dos bancos privados aprovaram na noite desta quarta-feira 26, em assembleia específica realizada no Setor Bancário Sul, a proposta de acordo feita pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e encerraram a greve em Brasília. Com isso, os trabalhadores de todos os bancos privados voltam ao trabalho nesta quinta-feira.

 

A proposta aprovada, que veio após 8 dias de forte greve da categoria, garante reajuste para os salários de 7,5% (aumento real de 2%). Além disso, o piso da categoria passou de R$ 1.400 para R$ 1.519 (aumento real de 2,95%).

 

Já os vales alimentação e refeição terão valorização maior, de 8,5%, com aumento real de 2,95%.

 

Sobre a PLR, a regra básica será de 90% do salário mais R$ 1.540 fixos (reajuste de 10%), com teto de R$ 8.414,34. Caso a distribuição do lucro líquido não atinja 5% com o pagamento da regra básica, os valores serão aumentados para 2,2 salários, com teto de R$ 18.511,54.  A PLR adicional será de 2% do lucro líquido distribuídos linearmente, com teto de R$ 3.080 (reajuste de 10%).

Confira a proposta da Fenaban, aprovada na assembleia desta quarta-feira:

Cláusulas econômicas:

•    Reajuste – 7,5% (aumento real de 2% pelo INPC).
•    Piso – R$ 1.519 (reajuste de 8,5%, o que significa 2,95% de ganho real).
•    Caixa – R$ 2.056,89 (reajuste de 8,24%, o que representa 2,70% de aumento real).
•    Auxílio-refeição – R$ 472,15 (R$ 21,46 por dia), o que representa reajuste de 8,5%.
•    Cesta-alimentação e 13ª cesta-alimentação – R$ 367,90 (reajuste de 8,5%).
•    PLR – Regra básica: 90% do salário mais R$ 1.540 fixos (reajuste de 10%), com teto de R$ 8.414,34. Caso a distribuição do lucro líquido não atinja 5% com o pagamento da regra básica, os valores serão aumentados para 2,2 salários, com teto de R$ 18.511,54.
•    PLR adicional – 2% do lucro líquido distribuídos linearmente, com teto de R$ 3.080 (reajuste de 10%).
•    Antecipação da PLR – 54% do salário mais valor fixo de R$ 924,00, com teto de R$ 5.166,01 e parcela adicional de 2% do lucro líquido do primeiro semestre distribuído linearmente, com teto de R$ 1.540,00.
•    A antecipação da PLR será paga até dez dias após a assinatura da Convenção Coletiva e a segunda parcela até 1º de março de 2013.

Avanços sociais

•    No tema saúde dos trabalhadores, a Fenaban aceitou a reivindicação de que os salários dos bancários afastados que aguardam perícia médica sejam mantidos pelos bancos até que seja regularizada a situação junto ao INSS. Há inúmeros casos em que o trabalhador recebe a alta programada do INSS, mas acaba sendo considerado inapto no exame de retorno ao trabalho realizado pelos bancos, ficando sem benefício do INSS e sem salário.
•    A Fenaban também assumiu o compromisso com a proposta do Comando de fazer um projeto-piloto para experimentar medidas defendidas pelos bancários e vigilantes para a melhoria da segurança nos bancos, como portas de segurança, biombos entre a fila e os caixas, e divisórias entre os caixas, inclusive os eletrônicos, dentre outras demandas. A Fenaban indicou as cidades de Recife, Olinda (PE) e Jaboatão dos Guararapes (PE) para a realização do projeto-piloto, com participação e acompanhamento dos bancários nas etapas.
•    Os bancos aceitaram ainda a proposta do Comando de realizar um novo censo na categoria para verificar questões como gênero e raça, na perspectiva da igualdade de oportunidades, nos moldes do Mapa da Diversidade, feito em 2008.

Não desconto dos dias parados

•    Em relação aos dias de greve, a Fenaban propôs a manutenção da regra de compensação dos dias parados até 15 de dezembro deste ano, nos mesmos moldes da convenção coletiva do ano passado.


Da Redação