Bancários do Santander-Real definem estratégia de luta pelo fim das demissões

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O diretor da Fetec/CN José Anílton e Rosane Alaby, diretora do Sindicato, durante o encontro, em SP

Terminou no último dia 11, em São Paulo, o Encontro Nacional dos Dirigentes Sindicais dos bancos Bradesco e Santander-Real. O objetivo foi discutir e definir a estratégia das campanhas permanentes nessas instituições. Os diretores José Garcia (Bradesco) e Rosane Alaby (Santader-Real) representaram o Sindicato no encontro; pela Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Centro-Norte (Fetec/CN) esteve o diretor José Anilton. O encontro teve início no dia 9.  

A luta contra o fim das demissões e pela garantia de emprego e direitos para todos os trabalhadores está entre as prioridades definidas pelos bancários do Santander-Real. “Essa é a grande preocupação entre os bancários diante da fusão entre os dois bancos e que norteou os debates durante todo o encontro. Vamos atuar em várias frentes e nos manter mobilizados na defesa dos interesses dos trabalhadores”, assegurou Rosane Alaby.

Para isso, de imediato, foi definida a realização de uma campanha de mídia para sensibilizar a sociedade a respeito da importância do tema das demissões. “O Santander tem registrado lucros crescentes e não tem motivos para demitir”, resume Alaby. Paralelamente, uma série de mobilizações será organizada pelos sindicatos, que deverão aumentar a comunicação com os trabalhadores e repassar as principais informações sobre o processo de negociação. Foi definido o slogan "Santander: Chega de Demissões! Respeite o Brasil e os Brasileiros!", como mote para as mobilizações.   

Levantamento feito pelos sindicatos aponta que, só no ano passado, foram cerca de 3 mil postos de trabalho fechados no Santander e no Real. Em 2007, os dois bancos tinham 56 mil funcionários e agora estão com 53 mil.

Durante o encontro, os representantes dos trabalhadores também decidiram retomar imediatamente o processo de negociação da PPR deste ano, que ainda não foi assinada. Por conta da urgência do tema, foi agendada reunião com o Santander para a sexta-feira, dia 13. Na negociação, o banco informou que o pagamento da regra básica do programa será feito no próximo dia 20. Cobrado pelos dirigentes sindicais a respeito do balanço financeiro, a instituição não soube dar explicações.

Ainda dentro da pauta do encontro, os trabalhadores deliberaram pelo início da discussão para a criação de uma PPR unificada para todos os bancários do Santander-Real no próximo período.

Os trabalhadores também irão cobrar do banco a prorrogação do atual Aditivo à Convenção Coletiva dos bancários até a assinatura de um novo aditivo. Além disso, foi reivindicada a retomada das negociações em relação à cláusula de incentivo aos bancários em estágio de pré-aposentadoria, e a imediata abertura das inscrições para o Auxílio Educação dos trabalhadores do Santander. No Real, as inscrições para o auxílio educação já estão abertas.