No final do Encontro Nacional dos Funcionários do Santander, na sexta-feira (8), os bancários aprovaram a minuta do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) específico do banco, aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria, com alterações pontuais na proposta em discussão com o banco. A minuta aprovada é a mesma que já está em negociação com o banco, com poucas modificações.
Levando em conta o mote ‘nenhum direito a menos’, os bancários vão lutar pela manutenção do ACT, com a atualização das cláusulas econômicas. Além disso, os bancários estão negociando a assinatura de um Termo de Compromisso para que o banco negocie previamente com os sindicatos, federações e com a Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro) todas as vezes que for tomar alguma medida para se adequar à nova legislação trabalhista.
O banco apresentou uma proposta de regramento do ponto eletrônico que também está sendo analisada pela COE (Comissão de Organização dos Empregados).
Diretor da Federação dos Bancários do Centro Norte (Fetec-CUT/CN), Jorge Kotani destaca que “um dos pontos mais nocivos da reforma trabalhista é fim do princípio da ultratividade que garantia a validade do acordo vigente até a assinatura do novo acordo. Desta forma, precisamos fortalecer a luta em defesa das nossas conquistas históricas”.
PPRS
O encontro também aprovou a minuta do acordo do Programa de Participação nos Resultados Santander (PPRS), que é a mesma assinada nos anos anteriores, considerando apenas a atualização dos valores a serem distribuídos aos trabalhadores.
Também fazem parte da renovação do acordo os termos de compromisso do Cabesp (plano de saúde dos funcionários do antigo Banespa) e Banesprev (fundo de previdência dos funcionários do antigo Banespa).
Outros eixos de atuação
Os bancários do Santander aprovaram ainda duas propostas de luta a serem apresentadas ao conjunto da categoria durante a 20ª Conferência Nacional dos Bancários, que começa nesta sexta-feira (8), em São Paulo.
Os bancários do Santander vão realizar a luta em defesa da democracia e pela liberdade de Lula, assim como pela redução das taxas de juros e tarifas de serviços bancários. Na Conferência, eles vão propor que essas lutas sejam encampadas por toda a categoria.