Bancários do Santander cobram retomada das negociações

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Arte: Contraf-CUT

Com lucro astronômico de R$ 14,5 bilhões – construído com base no esforço dos trabalhadores e no cumprimento de metas, muitas vezes abusivas – o Santander tem totais condições de apresentar propostas para as demandas dos funcionários.

Nos dois primeiros dias de negociação (3 e 4 de março) para a renovação do acordo coletivo específico e do reajuste do Programa de Participação dos Resultados do Santander (PPRS), os representantes dos trabalhadores apresentaram propostas que atendem às necessidades dos bancários, entre elas a isenção de tarifa (#SantanderQueremosTarifaZero) e linhas de crédito com condições diferenciadas para os funcionários. Já a direção do Santander, por outro lado, não trouxe respostas satisfatórias para as demandas apresentadas e sequer sinalizou uma nova data para a retomada das negociações.

Os dirigentes sindicais reforçaram, durante a mesa de negociação, que estão aguardando uma proposta que dialogue com os anseios dos trabalhadores do Santander e que todas as reivindicações apresentadas são factíveis.

O banco dobrou seu lucro nos últimos cinco anos, aumentou sua rentabilidade (graças ao esforço dos trabalhadores) e só com o que cobra de tarifa dos clientes arrecadou R$ 18 bilhões em 2019.

A minuta de reivindicações, elaborada com base na consulta realizada com os bancários em janeiro e fevereiro deste ano, teve ampla participação dos trabalhadores. O diretor da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Centro Norte (Fetec-CUT/CN) José Anilton reafirma a importância da retomada das negociações, “porque é fundamental para os bancários daqui terem o que os dos outros países onde o banco atua já têm, como a isenção total de tarifas”.

Da Redação com Contraf-CUT