A Contraf/CUT e as entidades sindicais deram na quarta-feira, dia 18, continuidade às negociações com o Itaú Unibanco para a unificação do convênio médico. O debate fez parte das discussões entre empresa e trabalhadores para equiparação dos direitos entre os funcionários oriundos dos dois bancos. A instituição apresentou alguns avanços em sua proposta, especialmente no que diz respeito ao pagamento da co-participação.
Veja os principais pontos da negociação:
Co-participação
A empresa apresentou uma proposta garantindo a isenção de pagamento para o funcionário titular em consultas. No caso dos exames, o banco afirmou que o pagamento será feito de acordo com uma tabela ainda a ser divulgada e que, acima de determinado valor, os exames serão também isentos. Entre os exames citados pelo banco como isentos de co-participação, estão ecocardiograma, endoscopia, ressonância magnética, ultrassonogfrafia, tomografia computadorizada etc.
A proposta da empresa mantém o pagamento da co-participação para dependentes tanto em consultas quanto em exames. No caso de gestantes não titulares e recém-nascidos, estão garantidas nove consultas sem pagamento.
O limite de desconto mensal da co-participação ficou definido em 2% do salário do trabalhador. O restante do valor será pago pela empresa. O trabalhador não acumula saldo devedor.
Up grade do plano Especial para o Executivo
O banco manteve sua proposta para a tabela de valores para o up-grade do plano Especial para o Executivo. O movimento sindical voltou a reivindicar uma diminuição dos valores. No entanto, os negociadores da empresa afirmaram ser difícil avançar nessa questão.
Veja os valores:
1 vida – R$ 195,01
2 vidas – R$ 216,67
3 vidas – R$ 240,51
Rede credenciada
Os dirigentes sindicais voltaram a reivindicar do banco solução para problemas de atendimento relatados por diversas federações e sindicatos em todo o país. A empresa assumiu compromisso com os trabalhadores de realizar reuniões específicas com cada entidade para rediscutir os problemas localizados, se necessário com a participação da operadora.
Brasília registra uma série de transtornos na rede credenciada, hoje a cargo da Unimed. Vem ocorrendo descredenciamento em massa de médicos e unidades hospitalares vinculados à operadora, o que obriga grande número de bancários a se deslocarem por grandes distâncias em busca de atendimento.
O Sindicato está pressionado. “Entregamos aos representantes do Itaú na reunião ofício solicitando explicações sobre a situação, e eles se comprometeram a resolver o problema o mais rapidamente possível. Haverá reunião em Brasília entre o Sindicato, a equipe da Unimed e o diretor de Relações Intersindicais do Itaú para tratar do assunto”, antecipa o diretor do Sindicato Washington Henrique, que integra a Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú Unibanco.
No documento entregue ao banco, o Sindicato denuncia que "a atual modalidade do plano de saúde, […] garante atendimento hospitalar em pouquíssimos hospitais […]. Além de serem poucos os hospitais, os mesmos não estão distribuídos em todas as regiões do DF, acarretando muitas vezes deslocamentos muito longos que podem chegar a 50 quilômetros."
O texto continua, afirmando que o "problema se estende a consultas, exames e liberações uma vez muitos hospitais, clínicas e laboratórios estão se descredenciando deixando sem atendimentos centenas de bancários e seus familiares."
Dependentes
Ficou garantida aos trabalhadores oriundos do Unibanco e do antigo Nacional que têm seus pais como dependentes a manutenção dessa situação. Para os outros trabalhadores, pai e mãe serão considerados agregados.
Plano Odontológico
O banco apresentou aos trabalhadores as linhas gerais de uma proposta com novos valores e ficou de passar à Contraf-CUT uma tabela com os valores completos.
Comitê de acompanhamento
A proposta prevê ainda a criação de um comitê de acompanhamento da assistência médica, com participação de trabalhadores e empresa. O comitê terá reuniões trimestrais, com data definida para começar em março de 2010.
Assembleias
O banco encaminhará à Contraf-CUT a proposta final do Acordo para análise do departamento jurídico. O Sindicato convocará os bancários até o dia 14 de dezembro para assembleia específica para discutir e aprovar – ou rejeitar – a proposta.
Fonte: Seeb Brasília com Contraf-CUT