Bancários do Itaú Unibanco buscam solução dos problemas na América Latina

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Cerca de 60 dirigentes sindicais do Brasil, Argentina, Uruguai, Chile e Paraguai se reuniram na segunda-feira (9), na sede da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), em São Paulo, participando da 4ª Reunião Conjunta da Rede Sindical Internacional do Itaú Unibanco. O evento, realizado sob a coordenação da UNI Américas Finanças tem como foco o fortalecimento da unidade entre os trabalhadores e a ampliação do diálogo com o banco em busca da solução dos problemas que são semelhantes a todos os bancários da América Latina.

Nesta terça (10), os representantes dos países participaram de uma reunião inédita com a direção do Itaú Unibanco para iniciar as discussões, visando a construção de acordo marco global para garantir direitos fundamentais em todos os países onde o banco atua.

A mesa de abertura contou com a presença do presidente da Contraf-CUT e da UNI Américas Finanças, Carlos Cordeiro, do secretário de relações internacionais da Contraf-CUT e coordenador do Comitê de Finanças da Coordenadoria das Centrais Sindicais do Cone Sul (CCSCS), Ricardo Jacques, do diretor regional da UNI Américas Finanças, Márcio Monzane, e da presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Juvândia Moreira. Washington da Silva, funcionário do Itaú Unibanco, representou o Sindicato no encontro.

Na opinião de Washington, a reunião foi proveitosa e serviu para fazer uma radiografia dos problemas enfrentados pelos bancários da América Latina. “Precisamos unificar nossas lutas para que os resultados sejam positivos”, afirma.

Carlos Cordeiro frisou a importância de termos uma radiografia do Itaú Unibanco, banco pelo qual os dirigentes presentes no evento trabalham e atuam. "Constatamos durante visitas nos países vizinhos, como Chile e Uruguai, que os problemas dos trabalhadores do banco são muito semelhantes. O dono é mesmo. Precisamos definir uma estratégia de comunicação que seja a mais adequada possível e que tenha o foco em quatro itens: trabalhadores, clientes, empresas e a sociedade", disse o dirigente da Contraf-CUT.

"Desta forma será possível darmos um salto para dialogarmos com o banco e esperamos, com isso, construir de fato uma estratégia que melhore a vida dos trabalhadores que representamos", completou Carlos Cordeiro.

Para Juvândia, os trabalhadores devem ocupar seu papel na sociedade. "É fundamental dialogarmos sobre a atuação dos trabalhadores e das empresas, que são cada vez mais multinacionais, buscando o fortalecimento entre os trabalhadores latino americanos e ampliando ainda mais as nossas relações", destacou.

"O encontro ganha ainda mais importância com a negociação que teremos nesta terça-feira com a direção do banco, no qual faremos uma apresentação sobre acordo marco global que seja válido a todos trabalhadores do Itaú Unibanco na América Latina", ressaltou Ricardo Jacques. "Esperamos que o encontro seja bastante produtivo", reforçou Monzane.

Os participantes também frisaram a presença da bancária paraguaia, Marisol Rojasa, do então Interbanco, adquirido pelo Itaú, reintegrada após ter sido demitida enquanto estava grávida e depois de uma grande luta com solidariedade internacional.

A economista do Dieese, subseção do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Ana Carolina, apresentou o panorama econômico do Itaú Unibanco, com dados sobre estrutura organizacional da empresa, baseada em um relatório extraído da Comissão de Valores Mobiliários norte-americano, denominado formação 20F, destacando a força do banco na região e sua complexa internacionalização dos serviços.

O coordenador da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú Unibanco da Contraf-CUT e presidente do Sindicato dos Bancários de Londrina, Wanderley Crivellari, e a presidenta del Sindicato Nacional del Banco Itaú y Consejera Nacional de Csteba, Lorena Navarrete Calderón, desejaram excelente encontro a todos os participantes.

Fonte: Contraf-CUT