Reunidos em assembleia, os bancários do Itaú aprovaram por unanimidade a proposta do Programa Complementar de Remuneração (PCR), do sistema alternativo de ponto eletrônico e de ampliação do número de bolsas educação. A votação ocorreu na sede do Sindicato, nesta quinta-feira 30.
A proposta aprovada pelos bancários foi arrancada após várias negociações entre o movimento sindical e o banco. O valor do PCR passou de R$ 1,6 mil para o mínimo de R$ 1,8 mil, sendo que o total a ser pago dependerá do retorno sobre o patrimônio líquido (ROE).
“O PCR foi conquistado depois de muita negociação. Aliás, o programa foi criado com muita luta dos bancários, já que há alguns anos não tínhamos esse benefício”, afirma Sandro Oliveira, diretor do Sindicato.
O valor do PCR será creditado de uma só vez juntamente com a antecipação da PLR, que está sendo discutida na mesa de negociação da Campanha 2012 entre o Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban.
Bolsa-educação
Outro ponto aprovado na assembleia foi a ampliação das bolsas educação. Ao total serão concedidas 5.500 bolsas, sendo 1.000 delas destinadas aos bancários com deficiência e outras 500 para os trabalhadores não bancários que atuam na holding.
A bolsa educação será retroativa a fevereiro deste ano e totalizará 11 parcelas, cobrindo 70% da mensalidade, com teto de R$ 320. Não há restrição de curso, mas é necessário que seja a primeira graduação do funcionário.
A abertura do processo de inscrição para o auxílio educação será divulgada em breve pelo banco.
Ponto eletrônico
Os bancários também concordaram com a implementação do Sistema Alternativo Eletrônico de Jornada de Trabalho. As negociações sobre este ponto aconteceram durante o primeiro semestre deste ano e as alterações solicitadas pelo Sindicato e pela Contraf-CUT foram feitas pelo Itaú.
“O novo sistema de ponto eletrônico ajudará no controle e fiscalização do banco. Os trabalhadores terão mais segurança de que os dados correspondem à realidade, já que as informações não podem ser alteradas pelos gestores”, frisa Washington Henrique, diretor do Sindicato.
O sistema não admite restrições à marcação do ponto; marcação automática do ponto; exigência de autorização prévia para marcação de sobrejornada; e alteração ou eliminação, pelo gestor, dos dados registrados pelo empregado. Além disso, o bancário passa a ter acesso às marcações do dia e de datas anteriores.
Da Redação com informações da Contra-CUT