Bancários do DF apontam prioridades para a Campanha Nacional 2015

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As prioridades da Campanha Nacional 2015 foram apontadas por 1.489 bancários e bancárias do Distrito Federal no questionário para a consulta à categoria, disponibilizado no site do Sindicato no período de 3 a 10 de julho. Desses trabalhadores, 1.097 são sindicalizados.

A consulta foi aplicada para aferir quais as prioridades, demandas e principais preocupações da categoria bancária. Os dados obtidos servirão de base para a elaboração da minuta nacional de reivindicações, durante a 17ª Conferência Nacional dos Bancários, a ser realizada de 31 de julho a 02 de agosto, em São Paulo. Posteriormente, o documento final será entregue à Federação Nacional dos Bancos (Fenaban).

“É fundamental ouvir o que pensa cada bancário e bancária no seu local de trabalho, reafirmando, assim, o processo democrático e participativo, a fim de auxiliar os debates para formalizar as reivindicações da Campanha Nacional”, destaca o presidente do Sindicato, Eduardo Araújo.

Entre as questões apresentadas aos bancários do DF, destacam-se os itens relacionados a emprego, saúde, segurança e condições de trabalho. Os bancários também foram questionados sobre a regulamentação do sistema financeiro e a defesa dos bancos públicos contra a privatização e venda de ações. 

Fim do assédio moral lidera prioridades

Nas demandas de saúde e condições de trabalho, 1.169 trabalhadores (78,51%) responderam combate ao assédio moral como prioridade; 1.061 deles (71,26%), fim das metas abusivas; e 524 (35,19%), isonomia de direitos aos afastados por licença médica.

No questionamento sobre emprego, 755 bancários (50,71%) escolheram como prioridade a igualdade de oportunidades na contratação, na remuneração e na ascensão profissional; 689 (46,27%) responderam jornada de trabalho de 6 horas para todos sem redução de salários; e 458 (30,76%), mais contratações.

No item sobre segurança bancária, 752 trabalhadores (50,50%) reivindicam adicional de risco de 30% nas agências, postos e tesouraria; 414 (27,80%), o fim da guarda das chaves pelos bancários; e 370 (24,85%), porta giratória com detectores de metais.

A pesquisa informa em consulta sobre remuneração fixa direta que, no período de setembro de 2014 a agosto de 2015, a inflação projetada é de 9%. E questiona qual o índice de reajuste total (inflação + aumento real) que o bancário acha que deve ser reivindicado. O resultado foi este: 

Entre as prioridades da pauta sobre remuneração fixa direta, 89,12% deles (1.327) responderam aumento real (índice acima da inflação); 37,27% (555), PCCS – Plano de Cargos, Carreiras e Salários; e 23,44% (349), piso da categoria. 

Sobre a remuneração fixa indireta, 1.290 bancários (86,64%) optaram pela cesta alimentação maior; 475 (31,90%) pelo auxílio combustível; e 427 (28,68%), pelo plano de previdência complementar.

Setecentos e cinco trabalhadores (47,35%) consideram muito importante a regulamentação do sistema financeiro.


Mariluce Fernandes

Do Seeb Brasília