Bancários destacam importância da unidade na abertura dos Congressos Distritais do BB e Caixa

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Da esq. para a dir.: Mariana Coelho, Marlene Dias, José Pacheco, Fabiana Uehara, Wandeir Severo, Gilberto Moraes, Jair Pedro, Vanessa Sobreira e Celeste Fonseca

 

A abertura oficial dos congressos distritais do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal, promovidos pelo Sindicato nesta sexta 8 e sábado 9 na Legião da Boa Vontade (LBV), reforçou a importância da unidade da categoria e a necessidade de uma forte mobilização na busca por avanços na Campanha Nacional 2012.

Participaram da mesa de abertura diretores do Sindicato, da Contraf –CUT e representantes de entidades representativas da categoria. Na pauta de discussões do primeiro dia dos congressos, temas como conjuntura política do Brasil e crise econômica mundial. O evento contou ainda com o lançamento do livro Reestruturação bancária e precarização do trabalho nos anos 90, de Eduardo Gomes Machado, e uma homenagem póstuma aos ex-presidentes do Sindicato Paulo Borges, falecido recentemente, e Adelino Cassi, fundador da entidade.

O Sindicato transmitiu a abertura do evento ao vivo, pelo site.
O diretor do Sindicato e empregado da Caixa Wandeir Severo defendeu a união dos funcionários dos dois bancos públicos, de maneira a fortalecer a luta dos trabalhadores frente à intransigência dos banqueiros.
A diretora do Sindicato e da Contraf-CUT, Fabiana Uehara, que também é empregada da Caixa, afirmou que “ a principal justificativa dos bancos para não conceder o reajuste salarial dos bancários será a redução dos juros, daí por que a campanha deste ano será muito difícil”.

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O presidente do Sindicato e da CUT-DF, Rodrigo Britto (dir.), fala durante o primeiro dia de debates

“Eu me sinto prestigiada por ser uma aposentada fazendo parte dessa mesa de abertura. Isso mostra que a luta é de todos, porque hoje muitos estão na ativa, mas amanhã vão se aposentar e precisam continuar lutando, porque as conquistas são de todos”, lembrou Marlene Dias, presidenta da Associações dos Economiários Aposentados do DF (AEA-DF).

Gilberto Moraes, diretor da Associação dos Advogados do Banco do Brasil (ASABB), criticou a falta de respeito do BB para com os bancários. “Temos constatado que o Banco do Brasil não implantou as reformas necessárias e desejadas por seus funcionários. Por isso estamos juntos nessa luta: independentemente da função, somos todos funcionários”, ressaltou. 

Jair Pedro, diretor da Fenae e coordenador da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa), destacou que “a Campanha começa e já temos alguns desafios a serem encarados e não podemos engolir as desculpas dos bancos que diminuíram a taxa de juros e, por isso, querem diminuir a PLR. O lucro dos bancos não diminuiu. Além disso, estamos atentos às más condições de trabalho e cobrando mais contratações”.

Os bancários do Entorno também estiveram representados. O diretor da Fetec-CUT/CN, José Pacheco, ressaltou “que os Congressos Distritais do BB e da Caixa também é dos funcionários do Entorno de Brasília”.

“Esse é o momento de vestirmos a nossa camisa, a camisa dos trabalhadores, é o momento da gente trabalhar por nós. Esta construção das pautas específicas é muito importante porque há situações particulares em cada banco”, disse Vanessa Sobreira, secretária de Meio Ambiente da CUT-DF e diretora do Sindicato.

 

Celeste Fonseca, vice-presidente da Apcef-DF, afirmou que “esse é um momento importante e decisivo para todos nós bancários e sabemos que o objetivo é que os congressos sejam pautados com toda a seriedade que temos para obtermos sucesso”.

“Quero ressaltar a importância da valorização do delegado sindical porque nós estamos sempre em contato com o Sindicato para trazer as demandas. Quero destacar que esse Congresso é a construção da categoria e nós precisamos mostrar para os banqueiros que não estamos aqui para sermos manipulados e, por isso, precisamos de respeito e dignidade”, destacou Mariana Coelho, delegada sindical do BB.

Já o presidente do Sindicato e da CUT-DF, Rodrigo Britto, ressaltou o trabalho feito pelo Sindicato em defesa dos interesses dos trabalhadores nos últimos anos. “O nosso Sindicato é ativo é consegue interferir na sociedade positivamente. Vários são os exemplos, como a campanha de redução dos preços dos combustíveis, incentivo à cultura e ao esporte. Nossa visão extrapola a questão corporativa. Temos capacidade de fazer um movimento forte. Nós fazemos nosso papel enquanto movimento sindical e trabalhadores do ramo financeiro”.

 

 

Eduardo Gomes Machado fala do livro “Reestruturação bancária e precarização do trabalho nos anos 90”

O economista do Dieese Pedro Tupinambá faz uma análise sobre conjuntura econômica e o atual panorama brasileiro.

 

Assessor parlamentar do Diap, Marcos Verlaine afirma que, com a proximidade da campanha, é fundamental que os bancários entendam o cenário político atual.

Gustavo Fernandes
Colaboração para o Seeb Brasília