Bancários da Caixa definem prioridades para campanha nacional

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Os delegados e as delegadas do 22º Conecef decidiram manter o formato de Congresso Nacional dos Empregados da Caixa integrado à conferência nacional da Contraf-CUT.

Como parte integrante da 8ª Conferência Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro, os bancários da Caixa Econômica Federal de todo o país participaram na última sexta-feira, dia 28 de julho, em São Paulo, do 22º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa (Conecef).

O evento foi aberto pelo presidente da Contraf-CUT, Vagner Freitas, que ressaltou a importância da negociação coletiva nacional para temas gerais e das mesas de negociações permanentes para temas específicos. Ele disse que este ano há a perspectiva de a Caixa e o Banco do Brasil comporem a mesa única com a Fenaban e lembrou que o Conecef é muito importante para a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro, constituindo-se como “marco para os empregados da Caixa”. 

Os delegados e as delegados do 22º Conecef decidiram manter o formato de Congresso Nacional dos Empregados da Caixa integrado à conferência nacional da Contraf-CUT, conforme proposto pelo Comando Nacional para este ano (cota de 30% de gênero e participação dos aposentados), e aprovaram a campanha nacional unificada, com pauta específica concomitante.

Na mesa de negociação específica com a direção da Caixa, os itens prioritários serão:

  

* Jornada de seis horas;

* Isonomia entre todos os empregados;

* Retorno do pagamento do tíquete e do auxílio e da cesta-alimentação para os aposentados;

* Plano de Cargos e Salários (PCS);

* Democratização da empresa com a volta do diretor representante (Direp e Corep);

* Promoção por merecimento (delta); e

* Contratação de mais empregados.

  

As questões pendentes também serão priorizadas nas negociações permanentes. Foi aprovada moção de repúdio contra o genocídio praticado pelo governo de Israel no sul do Líbano e na Faixa de Gaza (Palestina).

Campanha ‘O Brasil precisa da Caixa’  

Os rumos da campanha “O Brasil precisa da Caixa”, que conta com o respaldo das Apcefs, sindicatos de bancários, ONGs e entidades do movimento popular, foram discutidos em mesa redonda durante o 22º Conecef.

Na ocasião, o diretor-presidente da Fenae, José Carlos Alonso, lembrou que esta campanha surgiu depois que a imprensa retomou as ofensivas contra a Caixa e passou a veicular notícias em defesa da privatização dos bancos públicos federais.

Segundo ele, “a Caixa tem em seu DNA a responsabilidade social e sempre cuidou do que os bancos privados consideram o ‘lixo’ do sistema financeiro, que é o saneamento, a habitação e a infra-estrutura. Não há nenhuma outra instituição no país que possa ocupar o papel realizado pela Caixa. A incompetência da iniciativa privada no setor financeiro é sempre socorrida pelo governo, inclusive pela Caixa, como já ocorreu em diversas ocasiões”.

Debate sobre a Funcef  

Realizada depois da definição da pauta específica de reivindicações da campanha nacional unificada, a mesa redonda sobre a Funcef foi aberta com uma exposição do diretor de Controladoria da fundação, Carlos Caser, seguida de debate com os 180 delegados do 22º Conecef.
 

Caser tirou dúvidas e fez importantes esclarecimentos sobre o saldamento do REG/Replan e sobre o Novo Plano, cujo prazo de adesão termina no final de agosto.

Ele defendeu que os associados e participantes da Funcef adiram ao Novo Plano de benefícios e conclamou o apoio das entidades representativas no trabalho de convencer os empregados da Caixa a assim procederem.