Bancários cruzam os braços por 24h e mandam recado ao BNDES

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Com maturidade e coesão, empregados protestam contra a falta de compromisso do banco com a implementação do GEP Carreira, e dão um claro recado à direção do BNDES: acordo sem GEP não é acordo!

A greve de 24h dos bancários do sistema BNDES na última terça-feira (10) contou a adesão de 85% da categoria, demonstrando a grande insatisfação dos trabalhadores com a falta de compromisso do banco em atender suas reivindicações.
 
Os bancários cobram a implantação imediata de um Plano de Carreira (GEP) para a instituição, algo que vem sendo prometido há mais de três anos, mas o BNDES segue enrolando. Na rodada de negociação ocorrida na tarde desta quarta-feira (11), os representantes dos empregados cobraram novamente a formalização da proposta do GEP, com efeito retroativo a 2013, sem a qual nada poderá ser discutido acerca dos detalhes do projeto. Cobraram também a apresentação do estudo realizado pela Fapes, que já está em poder do banco há quatro semanas.

Para os empregados, trata-se de um ponto fundamental, uma vez que a principal justificativa para a não apresentação de um cronograma para a implantação do GEP é, justamente, o impacto previdenciário. O corpo funcional quer ter a garantia de que o patrocinador arcará com todo o custo previdenciário decorrente da implantação do GEP. Ainda há muitas questões pendentes e o tempo é escasso.  
O GEP é de grande importância para os funcionários, mas ainda maior é sua importância para a própria instituição. É hora de honrar o poder de decisão que a cadeira de diretor deste banco confere a seus ocupantes e tomar logo providências para a formalização de um documento contendo o descritivo do GEP Carreira e seu novo cronograma.   

Todas as demonstrações do presidente Luciano Coutinho indicam o seu desejo de implantar o GEP ainda em seu mandato. Prova maior disso é a carta na qual assume o compromisso de colocar o GEP em prática até dezembro deste ano – o que por diversas razões não mais ocorrerá. Os trabalhadores não acreditam que os demais dirigentes do banco não vejam como questão essencial a decisão de dar à instituição uma estrutura mais racional, em que o número de executivos não atinja os quase 50% do corpo funcional, segundo os números atuais, e na qual seja valorizada a carreira técnica, sem que um gerente ou chefe de departamento fique refém de uma gratificação que pode atingir 40% do seu salário-base.

Nos próximos dias, os bancários negociarão ajustes em relação às apresentações sobre o projeto GEP Carreira realizadas na terceira semana de novembro, mas já adiantam que dificilmente aprovarão um acordo coletivo em que não exista a garantia formal de que o novo Plano de Carreira seja implementado antes de junho de 2014.

Da Redação