Bancários cobram PLR maior do Bradesco

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A Contraf-CUT, representante dos sindicatos, e o Bradesco retomaram no dia 30 de novembro o processo de negociações permanentes para debater as reivindicações específicas dos funcionários do banco. Durante a reunião, os representantes dos trabalhadores destacaram os itens prioritários da pauta, que devem ser negociados imediatamente. Também foi definido um cronograma de reuniões.

A Contraf-CUT, representante dos sindicatos, e o Bradesco retomaram no dia 30 de novembro o processo de negociações permanentes para debater as reivindicações específicas dos funcionários do banco. Durante a reunião, os representantes dos trabalhadores destacaram os itens prioritários da pauta, que devem ser negociados imediatamente. Também foi definido um cronograma de reuniões.

PLR

Entre as reivindicações principais dos bancários está o aumento na Participação nos Lucros e Resultados (PLR). O tema será negociado na próxima negociação, agendada para o dia 11 (segunda-feira). No próximo dia 18 também haverá reunião entre o Brasdesco e os representantes dos bancários.

“Vamos lutar para uma PLR maior e insistir nesta reivindicação. A PLR da Convenção Coletiva da categoria foi negociada com a Fenaban para que a média dos bancos pagassem o benefício. O Bradesco está muito acima da média, é o maior banco privado do país, um dos mais lucrativos e precisa valorizar os seus funcionários”, lembra José Avelino, diretor do Sindicato, que representou a Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito da Região Centro-Norte (Fetec-CN) na última rodada de negociação.

Durante as negociações, o Bradesco reafirmou que o impacto negativo no seu lucro por causa do abatimento de ágio de aquisições não afetará a PLR dos bancários.

Em 6 de novembro, o Bradesco anunciou o seu lucro do terceiro trimestre deste ano, seguindo o mesmo caminho do Itaú: impacto negativo por causa do abatimento de ágio de aquisições.

Mesmo amortizando a compra do BEC (Banco do Estado do Ceará) no final de 2005, por R$ 700 milhões e a compra da American Express (em março, por cerca de R$ 1 bi), o lucro do Bradesco foi de R$ 219 milhões (queda de 84,7% em relação ao mesmo período do ano passado, que foi de R$ 1,430 bi).

Sem o desconto de ágio, o lucro do banco teria uma alta de 12,7%, atingindo R$ 1,611 bi, acumulando R$ 4,743 bi (alta de 17,1%) entre janeiro e setembro.

Scopus

Os representantes dos trabalhadores também cobraram informações sobre a transferência de parte dos bancários dos Pólos para a Scopus, empresa do grupo Bradesco. Com a mudança, o trabalhador deixa de ser bancário e perde todos os direitos da categoria, para se empregar numa empresa metalúrgica.

Segundo o banco, não há demissões em curso e as transferências são normais, nos mesmos níveis de sempre. “Isso não é transferência normal, é terceirização. O banco está colocando o sigilo dos clientes em risco ao terceirizar esse tipo de serviço”, explica José Garcia, diretor do Sindicato e funcionário do Bradesco.