Bancários aprovam reivindicações da Campanha Nacional 2013

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Eleitos nos congressos estaduais e distrital, os delegados presentes à 15ª Conferência Nacional dos Bancários aprovaram na plenária final, realizada no domingo (21) em São Paulo, a estratégia, o calendário e a pauta de reivindicações da Campanha Nacional 2013.

Os principais eixos da campanha deste ano são: piso salarial no valor de R$ 2.860,21, reajuste de 11,93% (inflação projetada do período mais aumento real de 5%) sobre o salário e todas as verbas, fim da terceirização, combate às metas abusivas e ao assédio moral e defesa do emprego.

Participaram da conferência, que ocorreu nos dias 19, 20 e 21 de julho, 629 delegados de todo o país, dos quais 422 homens e 207 mulheres. Trinta e sete delegados representaram Brasília na conferência.

Ousadia, unidade e mobilização

Organizada pelo Comando Nacional dos Bancários e pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), a conferência deste ano teve como tema a ousadia, a unidade e a mobilização.

Ousadia para acreditar que é possível acabar com o assédio moral e com o projeto de lei 4.330, da terceirização. Unidade para conquistar e avançar muito mais. E mobilização para podermos de fato transformar a realidade.

Além de debater as propostas para compor a minuta da categoria, que será entregue à Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) no próximo dia 30, a conferência também realizou painéis temáticos sobre gestão por competências, reestruturação produtiva, reforma politica, segurança bancária, emprego e terceirização, entre outros assuntos.

> Confira aqui a íntegra da minuta.

“Dada a conjuntura política e econômica nacional e internacional, a Campanha Nacional dos Bancários deste ano enfrentara grandes desafios. Mas para os bancos não vemos problemas estruturais, uma vez que o Banco Central aumentou a taxa Selic, que só favorece rentistas. O lucro dos bancos é crescente. Não existe concorrência. As metas são abusivas e, como se não bastassem as pressões,  desrespeitam os trabalhadores. Para avançarmos, precisamos da participação de todos os bancários”, disse o presidente do Sindicato, Eduardo Araújo, que participou da 15ª Conferência Nacional dos Bancários.

Principais reivindicações

  • Piso salarial de R$ 2.860,21;
  • Reajuste salarial de 11,93%: 5% de aumento real, além da inflação projetada de 6,6%;
  • Vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 678 ao mês;
  • Melhores condições de trabalho com o fim das metas abusivas e do assédio moral;
  • Emprego: mais contratações, aumento da inclusão bancária, combate às terceirizações, especialmente ao PL 4330, além da aprovação da Convenção 158 da OIT, que proíbe as dispensas imotivadas;
  • Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS): para todos os bancários;
  • Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós;
  • Prevenção contra assaltos e sequestros, com fim da guarda das chaves de cofres e agências por bancários;
  • Igualdade de oportunidades para bancários e bancárias, com a contratação de pelo menos 20% de trabalhadores afro-descendentes;
  • PLR: três salários mais R$ 5.553,15 a cada ano.

Calendário de luta

A 15ª Conferência aprovou ainda um calendário de luta que mescla o engajamento da categoria tanto na Campanha Nacional dos Bancários quanto na pauta de reivindicações da CUT e demais centrais sindicais.

Confira:

  • 30/7 – Entrega da pauta de reivindicações à Fenaban.
  • 6/8 – Dia Nacional de Luta contra o PL 4330.
  • 12 e 13/8 – Mobilizações em Brasília para convencer os parlamentares a rejeitarem o PL 4330.
  • 22/8 – Dia Nacional de Luta dos Bancários, com passeatas no final do dia.
  • 28/8 – Dia do Bancário, com atos de comemoração e de mobilização.
  • 30/8 – Greve de 24 horas, em defesa da pauta geral dos trabalhadores apresentada ao governo e ao Congresso Nacional apresentada pela CUT e demais centrais sindicais.

Rodrigo Couto
Do Seeb Brasília