Audiência e ato público fecham semana de combate ao trabalho escravo

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Nesta terça-feira (2), a Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado promoverá uma Audiência Pública com o tema “O mundo do Trabalho: desemprego, aposentadoria e discriminação com foco na terceirização e no trabalho escravo”.

A  mesa será composta pela Secretaria de Assalariados e Assalariadas da Confederação dos Trabalhadores na Agricultura (Contag). Esta entidade está completando 52 anos e se tornou referência na luta contra o trabalho em situação análoga à de escravo. Audiência acontecerá às 9h.

Já no dia (3), quarta-feira, será realizado um ato público em memória às vitimas da chamada chacina de Unaí. A ação acontecerá às 14h no Auditório do Tribunal Superior do Trabalho do Distrito Federal (TST-DF).

Os dois eventos fecham a Semana Nacional de Combate ao Trabalho Escravo que se iniciou na última quinta-feira (28).

Combate ao trabalho escravo 

Na quinta-feira (28), o Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais do Trabalho (Sinait) promoveu um ato em frente ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região, em Brasília. Cerca 12 mil balões pretos foram soltos (foto), reivindicando rapidez no julgamento dos mandantes da chacina de Unaí, que aconteceu em 2004. Naquele episódio, quatro auditores-fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) foram assassinados durante fiscalização de denúncias de trabalho escravo em fazendas da região. Após 12 anos, os responsáveis pelo crime, inclusive o ex-prefeito de Unaí, continuam em liberdade.

O trabalho dos auditores-fiscais é fundamental no combate ao trabalho escravo nas zonas rurais de todo o país. Muitos fiscais ainda sofrem ameaças de proprietários de terras.

Campanha #SomosLivres

Em São Paulo, a Comissão Nacional para a Erradicação do Trabalho Escravo (Conatrae) e o Ministério Público do Trabalho lançaram nessa quinta-feira (28), a Campanha Nacional de Prevenção e Informação sobre a Escravidão Contemporânea – #SomosLivres.

O evento foi realizado no Teatro Cásper Líbero e contou com a presença do Prêmio Nobel da Paz em 2014, o indiano Kailash Satyarthi.

Neste ato, também foi apresentada a primeira pesquisa nacional, com o objetivo de entender como a população brasileira vê a questão da escravidão contemporânea.

Já na Bahia, aconteceu a I Roda de Conversa com trabalhadores(as) resgatados(as) de condições análogas ao trabalho escravo. Esta foi uma iniciativa da Comissão Estadual de Erradicação do Trabalho Escravo da Bahia (Coetrae Bahia), para a Campanha Nacional de Combate ao Trabalho Escravo.

O objetivo foi trazer o relato de trabalhadores(as) rurais e urbanos sobre a situação vivenciada por eles, assim como o que mudou após o resgate. A roda de conversa faz parte das ações do Plano de Trabalho da Coetrae, da Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social do Estado da Bahia no combate ao trabalho escravo.

Fonte: Contag