Ato público e visitas mobilizam empregados da Caixa por PCC digno e mais contratações

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Os bancários da Caixa realizaram ato público ao meio dia desta quarta-feira (8), em frente ao prédio Matriz I, no SBS. A ação coletiva fez parte do Dia Nacional de Luta por um Plano de Cargos Comissionados (PCC) digno. À tarde ocorreu a primeira rodada de negociação entre a Caixa e a Comissão Executiva dos Empregados (CEE) em torno da reivindicação. “A Caixa só vai apresentar as premissas básicas da proposta dela para nós. A empresa tem obrigação moral de resolver essa questão, espero que saia uma proposta realmente justa da reunião. Já vejo que o PCC digno só vai ser conquistado com muita luta”, previa Enilson da Silva, diretor do Sindicato. 

Os bancários querem uma jornada de trabalho de 6h por dia, sem redução no salário. “É inadmissível uma empresa que se diz democrática não garantir a jornada de 6h. Agora chegou o momento da negociação e a Caixa não pode mais se esconder para a discussão do PCC. Também não vamos mais aceitar a retaliação e discriminação dos comissionados que entraram na Justiça em busca de seus direitos”, disse a deputada Erika Kokay, bancária da CEF há 27 anos, referindo-se àqueles que tiveram jornada reduzida, mas foram punidos com redução de salário.

A valorização profissional e o equilíbrio e justiça no provimento de cargos e funções são os pontos chaves das reivindicações. Além da jornada de 6 horas, os funcionários querem, entre outros itens, o fim do Complemento Temporário Variável de Ajuste de Mercado (CTVA), o estabelecimento de um piso para a maioria dos empregados que está na mesma função, o aumento do valor das funções, com redução do complemento, e perspectivas de carreira na empresa.

Durante a manifestação também foi feito um ato simbólico com a queima de algumas cópias de circulares internas e regulamentos da Caixa que prejudicam as condições de trabalho para os empregados. “Os bancários querem ser incluídos para a construção dessas normas internas que são importantes para todos”, afirma Raimundo Félix, secretário de Finanças do Sindicato e membro do GT que elaborou a proposta do PCC dos funcionários, aprovada em plenária nacional.

Após a primeira reunião, os bancários vão debater as propostas apresentadas pela Caixa e confrontá-las com a dos funcionários. Já está marcada uma segunda rodada de negociação para o próximo dia 16 de julho.

Em todo o Brasil, também ocorreram mobilizações e atividades semelhantes à de Brasília. Aqui, além do ato, o Sindicato percorreu várias agências da Caixa na Asa Norte, Lago Norte, Sobradinho e Planaltina mobilizando os bancários. “Eles estão bem participativos, interessados na negociação das reivindicações e também bastante envolvidos na luta pela contratação de mais empregados, para reduzir a sobrecarga de trabalho e melhorar o atendimento ao público”, afirma Rodrigo Britto, presidente do Sindicato.