Ato público da Campanha Nacional na Praça do Relógio nesta sexta

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Chegou a vez da população de Taguatinga receber a visita do Sindicato e somar forças numa frente contra a ganância de um setor que não para de crescer. O ato está marcado para o meio-dia, na Praça do Relógio. Durante a atividade, o Sindicato irá disponibilizar tendas para atendimento jurídico na área trabalhista e também de convênios. O atendimento será do meio-dia às 16h.

Enquanto os bancários e a população vêm passando por aperto, os bancos voltaram a bater recordes de lucros. Foram quase R$ 30 bilhões apenas nos seis primeiros meses deste ano, um crescimento de 20% no comparativo com o mesmo período do ano passado. Para isso lançam mão de toda sorte de abusos: sugam a saúde dos funcionários impondo metas abusivas e praticando assédio moral, sugam a segurança das agências, sugam o tempo e a paciência da clientela, que é obrigada a enfrentar filas enormes e atendimento precário.

“É tamanho o lucro que, nesse ritmo, no intervalo de quatro anos, alguns bancos teriam condições de adquirir um novo banco do mesmo porte”, compara Eduardo Araújo, presidente do Sindicato. “Isso significa que eles têm todas as condições de atender nossas reivindicações”, defende.

Ainda assim, nas negociações ocorridas até agora, os bancos não apresentaram nenhuma contraproposta ao Comando Nacional dos Bancários. Os trabalhadores ouviram da Fenaban, na mesa que debateu emprego na semana passada, que a realidade nas agências não é como os trabalhadores levantaram e que os bancos apoiam o PL da terceirização sem limites, sem contar que nada de concreto foi apresentado para coibir as demissões imotivadas. Do Banco do Brasil, no início desta semana, ouviram apenas respostas evasivas em relação a demandas sobre emprego, condições de trabalho e saúde.

“Já vimos esse tipo de postura em anos anteriores e respondemos à altura, com bancários mobilizados num movimento forte e coeso, o que resultou em avanços significativos para a categoria. Este ano não será diferente, daí a importância de que todos participem”, aposta Araújo.

Da Redação