Ato escancara afronta da Caixa aos empregados

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Empregados e empregadas da Caixa não deixaram o desrespeito da empresa passar em branco. Desde as 8h da manhã desta quarta-feira (16), os trabalhadores denunciavam a conduta assediadora e contraditória da Caixa ao patrocinar um megaevento com dinheiro público para receber o presidente ilegítimo. A partir das 19h, o protesto terá continuidade no Estádio Mané Garrincha.

 
Na porta do evento milionário, que tinha Michel Temer como convidado especial, diretores do Sindicato e delegados da Conferência Regional da Federação dos Bancários do Centro Norte (Fetec-CUT/CN) reivindicaram mais respeito aos empregados da Caixa. 
 
Para Fabiana Uehara, diretora do Sindicato e da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), “é incoerente que a empresa lance um programa para cortar mais de R$ 2,5 bi e realize um evento dessa magnitude. Além disso, esse tipo de evento expõe uma gestão por ameaça, na qual os empregados são cobrados a dar o sangue pela empresa sem que tenham seus direitos garantidos”.

 
Secretário de Política Sindical do Sindicato, Paulo Vinícius reitera a denúncia: “O que está sendo promovido hoje é um gigantesco assédio organizacional, na tentativa de seduzir os empregados e empregadas para que sirvam ao propósito de Temer de destruir a Caixa. Usam nosso dinheiro, a estrutura da empresa e a mídia contra a própria empresa”.
 
Menos agências, mais risco à Caixa 100% pública

No Dia Nacional de Luta, os empregados aproveitaram para cobrar explicações da direção da empresa sobre o fechamento de mais 100 agências no país, anunciado mais uma vez pela mídia comercial. 

 
De acordo com informações dadas pela assessoria de imprensa da Caixa ao jornal O Globo, o corte das unidades está “alinhado” com ações de outras instituições. Como a ordem de “reduzir gastos” vem do Palácio do Planalto, o ataque ao caráter 100% público é evidente.
 
Presidente do Sindicato, Eduardo Araújo destaca que a Caixa realizou uma “atividade extremamente cara para receber como convidado especial uma pessoa que adota medidas para privatizar a empresa. O protesto pacífico também é mais um convite para que a população some forças em defesa da Caixa e do que ela representa para o nosso país”.
 
Joanna Alves
Do Seeb Brasília