Ataques a caixas eletrônicos renderam R$ 1,5 milhão a quadrilha

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Os ataques a caixas eletrônicos no Distrito Federal renderam R$ 1,5 milhão à quadrilha desarticulada pela Polícia Civil nesta sexta-feira (25/9). Dos 31 crimes desse tipo ocorridos na capital do país em 2015, 22 foram realizados pelo grupo. Desses, eles conseguiram levar dinheiro de 10 terminais. Catorze homens e duas mulheres acabaram presos nesta manhã. Segundo a corporação, a maioria das explosões ocorrereu no Plano Piloto e em Samambaia.

A quarta fase da Operação Hostibus — “O inimigo”, em latim — cumpriu 21 mandados de prisão e 26 de busca e apreensão em Samambaia, Ceilândia, Taguatinga, Riacho Fundo e Recanto das Emas. De acordo com o titular da Delegacia de Repressão a Roubos e Furtos (DRF), Fernando César Costa, a quadrilha atuava em todas essas regiões. “Samambaia era a sede e as outras cidades, ramificações. Hoje, desmontamos duas células da quadrilha. Eles se revezavam entre uma ação e outra. Era um grupo organizado”, detalhou.

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As investigações duraram cerca de seis meses. De acordo com o delegado, os explosivos eram trazidos da Bahia. O artefato era transportado por Carlos Alves Roberto, o “Caco”, um dos líderes do bando preso na segunda fase da operação, em 15 de setembro. Ele ainda era responsável por montar os explosivos nos locais dos crimes.

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A polícia também chegou a um lava jato, localizado na QR 406 de Samambaia. O dono, Rodrigo Souza Silva, conhecido como Peninha, era responsável pelo financiamento do grupo e ainda ajudava na lavagem do dinheiro adquirido com os crimes. Somente no estabelecimento, investigadores apreenderam 25 carros. “Usavam o dinheiro para comprar drogas, armas e carros de luxo”, apontou.

Outros três veículos, além de drogas e duas armas de fogo, acabaram apreendidos. Desde o início da operação, foram efetuadas 19 prisões. Durante o cumprimento de um dos mandados, no Riacho Fundo I, dois suspeitos trocaram tiros com os agentes. Ninguém ficou ferido e a dupla acabou presa. “Todos esses crimes foram elucidados pela polícia para garantir que esse grupo não venha agir por muito tempo no DF”, disse Fernando César Costa. Seis pessoas permanecem foragidas.

Fonte: Correio Braziliense